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    Leilões de transmissão foram “sucesso” e vão atrair R$ 200 bi em investimentos verdes, diz ministro

    Linhões vão levar energia produzida no Norte e Nordeste para restante do país

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira celebrou, em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (15), o “sucesso” dos leilões de transmissão realizados em 2023. Afirmou ainda que as concessões vão possibilitar R$ 200 bilhões em investimentos para energia limpa no Brasil.

    Silveira destacou que os chamados linhões vão levar energia hidrelétrica produzida no Norte, em usinas como Belo Monte e Santo Antônio, e no Nordeste, por fontes como solar e eólica e outras renováveis, para o restante do país, especialmente para os centros de carga.

    “A conta que temos, com o diálogo internacional, é de que estes leilões atraiam até R$ 200 bilhões em investimentos para eólicas, solar, biomassa e hidrogênio verde”, disse.

    A fala do ministro aconteceu na sede da B3, em São Paulo, após leilão recorde de transmissão. Silveira celebrou os deságios registrados no certame, que devem gerar economia de R$ 1,5 bilhão ao ano para os consumidores.

    O leilão desta sexta-feira terminou com todos os lotes concedidos e deságios de até 47%. O lote 1 — de maior investimento e complexidade — que passa por Maranhão, Tocantins e Goiás, foi concedido à chinesa State Grid. O deságio da operação foi de 40%.

    No leilão por deságio, vence a empresa que oferecer a menor receita anual permitida (RAP) — a remuneração dos serviços prestados pela companhia na transmissão de energia. No lote 1, a referência era de R$ 3,2 bilhões, e a State Grid ofereceu R$ 1,9 bilhão.

    De menores proporções, o lote 2 foi arrematado pelo Consórcio Olympus, com deságio de 47% e RAP em R$ 239 milhões; o lote 3, pela Celeo Redes Brasil, com deságio de 42% e RAP em R$ 101 milhões.

    Os linhões negociados totalizam R$ 21,7 bilhões em investimentos — maior cifra já leiloada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) neste tipo de operação.

    São 4,4 mil quilômetros em linhas de transmissão. Os prazos de construção variam entre 60 e 72 meses e, segundo estimativa, gerará quase 37 mil empregos.

    Veja também: Câmara aprova texto da MP das subvenções

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