Intenção de consumo dos brasileiros cresce pelo sétimo mês consecutivo, aponta CNC
Percepção de melhora na economia e auxílios financeiros puxam indicador para cima
A Intenção de Consumo das Famílias Brasileiras (ICF) alcançou 80,7 pontos em julho – uma melhora de 1,2% em comparação com o mês anterior.
O estudo mostra que o otimismo dos brasileiros em voltar a consumir com maior intensidade cresce há sete meses consecutivos. Neste período, o indicador acumula uma alta de quase 15%.
Os dados foram divulgados, nesta terça-feira (2), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Ao todo, 18 mil pessoas foram ouvidas, no mês de julho, para a elaboração da pesquisa.
O resultado é influenciado pela percepção de melhora na economia brasileira, causada pela maior estabilidade empregatícia e uma melhora na renda atual – com altas de 1,3% e 2,4% na comparação com o mês anterior.
Além disso, a pesquisa mostra que a distribuição de auxílios financeiros dados à população pelo governo federal, principalmente os programas emergências ligados à pandemia, também aumentam a intenção de consumo.
Influenciado pelos auxílios emergenciais, o aumento na intenção de consumo foi maior entre a população com renda de até 10 salários-mínimos, com uma variação de 2,6%.
Apesar de também registrar um resultado positivo, a alta no otimismo do grupo que recebe mais de 10 salários-mínimos foi menor: 2%.
“O movimento é coerente com as medidas de auxílio à renda. Teve também a influência dos aumentos sucessivos no rendimento médio real das famílias, nos últimos trimestres, que atingiu R$ 2.613 em maio, o maior nível desde o trimestre encerrado em outubro de 2021”, explica Catarina Carneiro da Silva, responsável pela pesquisa da ICF.
Apesar dos resultados positivos nos últimos sete meses, o estudo aponta que a economia brasileira ainda vive situação desfavorável.
Isso porque o índice abaixo de 100 pontos indica percepção de insatisfação. O indicador vai até os 200 pontos.
