Inflação vai diminuir, mas meta ainda não será cumprida em 2022, diz economista
Em entrevista à CNN, Fábio Romão, explicou que a expectativa de uma inflação ainda alta em 2022 se deve a outros fatores além da pandemia
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) registrou, em setembro, o maior nível para o mês desde 1994, chegando a 1,14%. Para o economista Fábio Romão, em entrevista à CNN, o resultado reafirma que a inflação até pode diminuir em 2022, mas dificilmente a meta será cumprida.
“A inflação vai desacelerar, mas a meta dificilmente será cumprida no ano que vem. Há 8,5% de IPCA neste ano e 4,5% para o ano que vem, sendo que o centro da meta é 3,5%. Então, mesmo com as altas de juros que temos visto, devido a uma inércia crescente, a inflação de 2022 pode ser menor, mas ainda causa bastante preocupação”, afirmou o economista.
Romão ainda explicou que a expectativa de uma inflação ainda alta em 2022, mesmo que mais baixa que a deste ano, se deve por conta de outros fatores além da pandemia, como a crise hídrica.
“A inflação de 2021 carrega custos ligados à pandemia, mas há muita preocupação com relação ao ano que vem, por conta de outros fatores, como a crise hídrica e a escalada dos serviços. Na minha visão, ainda que não no nível deste ano, a inflação continuará alta em 2022”, completou o economista.