Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Inflação em dezembro só não desacelerou para os mais pobres, aponta Ipea

    No entanto, diferença entre o indicador para brasileiros de maior e de menor renda caiu em 2021

    Stéfano Sallesda CNN no Rio de Janeiro

    Divulgado nesta terça-feira (18), o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de renda mostra que os mais pobres foram os que mais sofreram com a taxa de dezembro.

    Ela aumentou dos 0,65% em novembro para 0,74% no último mês do ano entre as famílias de renda domiciliar muito baixa (inferior a R$ 1.808).

    Apesar do dado, neste grupo, a inflação acumulada do ano passado foi de 10,08%, inferior às categorias de renda baixa (10,10%), média-baixa (10,40%) e média (10,26%). Contudo, todas elas apresentaram variações maiores que as percebidas nas categorias de renda média-alta (9,66%) e alta (9,54%).

    O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) destaca que, embora a inflação do ano tenha sido maior para a classe de renda mais baixa, em relação ao segmento de renda mais elevada (superior a R$ 17,7 mil), a diferença entre os dois polos foi menor que a apresentada em 2020.

    Na ocasião, a taxa foi de 6,22% para os mais pobres e de 2,74% para os mais abastados.

    Segundo o Ipea, a inflação dos mais pobres em dezembro foi afetada principalmente pela elevação no grupo de alimentos e bebidas, com altas nos preços de carnes (1,4%) e frutas (8,6%) mas foi também pressionada pelos grupos de habitação, saúde e cuidados pessoais.

    Para o grupo de renda mais elevada, o principal impacto percebido foi do grupo de transportes, que engloba passagens aéreas (10,3%) e transporte por aplicativo (11,8%), além de aluguel de veículos (9,3%).

    No mesmo período, os principais combustíveis apresentaram queda, casos da gasolina (-0,67%) e etanol (-2,96%).

    A pesquisa destaca ainda que a inflação de dezembro de 2021 foi menor que a registrada no mesmo mês do ano anterior, para todas as faixas de renda.

    Para os mais pobres, essa redução se deve na melhora dos preços de alimentos como cereais, carnes, aves, ovos, leite e derivados.

    No entanto, ao longo de todo 2021, essa faixa de renda sofreu maior pressão inflacionária no grupo habitação, com reajustes de 21,2% na energia elétrica, 37% no gás de botijão, além de diversos tipos de alimentos.

    Para os mais ricos, os combustíveis afetaram o bolso de forma intensa, com os aumentos de 47,5% no preço do litro da gasolina e 62,2% no do etanol.

    Tópicos