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    Inflação: alimentos in natura se destacam como os dez itens que mais subiram esse ano

    Abobrinha, morango, cebola, cenoura e batata estão na lista de alta; economista aponta inflação generalizada no orçamento doméstico

    Elis Barretoda CNN , Rio de Janeiro

    No ranking dos vilões da inflação, alimentos in natura se destacam como os dez itens que mais tiveram aumentos de preços nos primeiros seis meses do ano.

    Produtos importantes na mesa das famílias brasileiras, eles seguem acumulando as maiores altas de acordo com levantamento feito pela CNN, com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado na última sexta-feira (24) pelo IBGE.

    Esse indicador, considerado uma prévia da inflação, mostra que a abobrinha, o morango e o pepino foram os três alimentos in natura que mais subiram. As altas foram, respectivamente, de 78,33%, 76,28% e 73,54%. Cebola, cenoura, repolho, melão, manga, batata inglesa e açaí também estão na lista.

    O economista da Ibmec, Gilberto Braga, explica que o aumento de preços nesses itens se deve ao impacto da guerra na Ucrânia na economia mundial. Segundo Braga, os produtos alimentares subiram por conta da inflação mundial e da diminuição de oferta global de alimentos.

    “No caso do Brasil, adicionalmente, tivemos problemas climáticos, que contribuíram para pressionar ainda mais os preços. Já há também nesses preços o reflexo da questão dos fertilizantes, em que o Brasil é dependente de importações.”

    De acordo com Gilberto Braga, as culturas semestrais já estão sofrendo com o aumento de custos, pois já sentem o preço dos fertilizantes no mercado internacional.

    Se aumento de preços é setorizado, o impacto no bolso do consumidor é generalizado. Para o economista da Ibmec, o efeito no orçamento doméstico é relevante e surpreendente.

    “Na história recente do país, os itens alimentares que mais subiam de preços eram as proteínas. Agora todos os itens subiram de preço, tirando a margem de flexibilidade que se tinha de usar a criatividade para diminuir o uso das proteínas e aumentar as verduras e legumes.”, completa o especialista.

    Veja o ranking:

    • 1. Abobrinha – 78,33%
    • 2. Morango – 76,28%
    • 3. Pepino – 73,54%
    • 4. Cebola – 68,53%
    • 5. Cenoura – 62,22%
    • 6. Repolho – 58,36%
    • 7. Melão – 52,72%
    • 8. Manga – 49,65%
    • 9. Batata-inglesa – 42,81%
    • 10. Açaí (emulsão) – 39,88%

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