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    Índice global de alimentos cai em outubro, apesar de alta de preços dos cereais, diz FAO

    Apesar de queda geral, índice de cereais aumentou 3%, com trigo subindo 3,2%, refletindo principalmente incertezas sobre exportações da Ucrânia e também uma revisão para baixo na oferta dos EUA

    da Reuters

    O índice global de preços de alimentos apurado pela agência das Nações Unidas teve ligeira queda em outubro, configurando a sétima baixa mensal consecutiva e ficando 14,9% abaixo da máxima histórica registrada em março.

    A Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) disse nesta sexta-feira que seu índice de preços, que acompanha as commodities alimentares mais negociadas globalmente, teve uma média de 135,9 pontos no mês passado, ante 136,0 (revisado) em setembro.

    O número de setembro havia sido calculado anteriormente em 136,3.

    O índice caiu frente ao recorde de 159,7 alcançado em março, mas permaneceu 2,0% acima do ano anterior.

    Enquanto os preços caíram no geral, o índice de cereais aumentou 3,0%, com o trigo subindo 3,2%, refletindo principalmente incertezas relacionadas às exportações da Ucrânia e também uma revisão para baixo na oferta dos EUA. Os preços internacionais do arroz aumentaram 1,0%.

    Por outro lado, o índice de óleo vegetal da FAO caiu 1,6% em outubro e baixou quase 20% em relação ao nível do ano anterior. O aumento das cotações internacionais do óleo de semente de girassol foi mais do que compensado pelos preços mundiais mais baixos dos óleos de palma, soja e colza.

    Os preços dos lácteos caíram 1,7%, as carnes baixaram 1,4% e o açúcar recuou 0,6%.

    Em estimativas separadas de oferta e demanda de cereais, a FAO reduziu sua previsão para a produção global de cereais em 2022 para 2,764 bilhões de toneladas, de 2,768 bilhões de toneladas anteriores.

    O volume ficaria 1,8% abaixo da produção estimada para 2021.

    “A revisão para baixo mês a mês diz respeito quase inteiramente à safra de trigo nos Estados Unidos, refletindo rebaixamentos nos rendimentos e na área colhida”, disse a FAO.

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