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    Índice FipeZap: Valor de imóveis residenciais sobe 1,1% no primeiro semestre

    Cresce a demanda por varandas emais espaço

    Mesmo diante da pandemia do coronavírus, o preço dos imóveis residenciais teve uma leve alta no primeiro semestre deste ano, com crescimento de 1,1%. Em São Paulo, a alta foi de 2,45%, se comparado aos últimos 12 meses. Embora o contexto ainda seja de quarentena e crise econômica, o resultado da capital paulista foi melhor desde 2016. 

    Eduardo Zilberstein, economista e coordenador do Índice FipeZap, explicou à CNN o motivo para o aumento pela procura dos imóveis. Ele acredita que esse salto, perto dos números atuais da inflação, é expressivo. 

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    “De fato, este aumento surpreende, mas o impacto é no mundo inteiro. Quando comparamos com a inflação, o aumento de 1,1% é expressivo. Na última crise que vivemos, estávamos no fim de um ciclo – registrou-se recessão, aumento no juros e desemprego”, avalia.

    “Já nesta [crise], temos uma situação diferente. Teve desemprego, mas os juros estão no patamar mais baixo e deve permanecer nele por algum tempo. Além disso, temos o governo entrando para suportar renda de boa parte da população. O mercado imobiliário segue se movimentando e se preparando para a nova realidade”, explicou.

    Zilberstein também avaliou a alta demanda por apartamentos maiores e com varandas. De acordo com um levantamento da Imovelweb, a procura por imóveis com sacadas cresceu 128% se comparado maio deste ano com o mesmo período do ano passado.

    Para algumas famílias, esse espaço a mais já é suficiente, enquanto para outras não, especialmente para aquelas que têm crianças em casa. Por isso, a busca por casas com quintal também aumentou: 96% se compararmos maio de 2020 com o mesmo período de 2019.

    “Acho que quando as coisas voltarem, minimamente, ao normal, acredito que essa preferência por espaço e varanda fica relativizada. Entretanto, muitas destas ocupações e empresas, já falam em adotar políticas de home office de maneira mais permanente. Portanto, coisas que antes eram deixadas para um segundo plano, podem começar a ser mais procuradas”, concluiu.

    (Edição: Sinara Peixoto)

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