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    Índice de Preços ao Produtor cai 3,11% em agosto, maior recuo da série histórica

    Segundo o IBGE, principal contribuição para o resultado veio do refino de petróleo e biocombustíveis

    Pauline Almeidada CNN , no Rio de Janeiro

    O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou o maior recuo da série histórica em agosto deste ano, com uma queda de 3,11% ante julho.

    Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (28).

    Com o resultado, o acumulado do ano é de 7,91% e de 12,16% em 12 meses.

    O IPP avalia os preços das indústrias extrativas e também de transformação, sem levar em conta impostos e fretes. Em agosto, das 24 atividades acompanhadas, 16 tiveram variação negativa no preço no comparativo com o mês de julho.

    As principais variações vieram das indústrias extrativas (-14,18%), refino de petróleo e biocombustíveis (-6,99%), metalurgia (-3,91%) e alimentos (-3,74%).

    No caso do setor de refino de petróleo e biocombustíveis, foi a primeira queda do ano, causando a maior influência no IPP de agosto, responsável por 0,95 p.p. do resultado geral.

    O resultado veio da gasolina e do óleo diesel, os dois produtos que mais pesam no cálculo desse grupo.

    Já os alimentos registraram a segunda variação negativa de 2022, após -0,19% em janeiro.

    Com isso, o acumulado do ano no grupo saiu de 10,88% em julho, para 6,73% em agosto.

    O cálculo foi impactado pelos valores dos derivados do leite, especialmente o leite UHT, açúcar, carne e miúdos de frango, além de óleo de soja.

    Na contramão da queda de preços, o setor de veículos chegou ao 26ª mês consecutivo de aumento, com 0,64% em agosto, somando 31,87% de alta no período.

    Segundo o IBGE, o grupo vem sendo impactado pelo aumento nos valores dos eletrônicos por conta da crise de semicondutores.

    Em relação às grandes categorias econômicas, o IPP de agosto trouxe -0,39% de variação em bens de capital (BK); -3,60% em bens intermediários (BI); e -2,79% em bens de consumo (BC).

    Se o refino de petróleo e biocombustíveis contribuiu para o recuo do IPP em agosto, no resultado acumulado do ano, de 7,91% em agosto ante 11,37% em julho, o grupo responde pela principal alta — de 26,49% — seguido por papel e celulose (14,45%), minerais não-metálicos (13,21%) e bebidas (13,02%).

    O índice acumulado em 12 meses desacelerou para 12,16%, após 17,94% em julho.

    As quatro maiores variações foram refino de petróleo e biocombustíveis (45,98%); indústrias extrativas (-26,60%); outros produtos químicos (25,71%); e fabricação de máquinas e equipamentos (18,78%).

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