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    Indicados por Lula estão em “consonância” total sobre possibilidade de aumentar juros, diz Campos Neto

    Ao comentar sobre o fim da sua gestão, presidente do BC afirma ter “certeza” que trabalho de buscar meta da inflação será mantido

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, voltou a dizer que a busca pela meta de inflação, definida pelo governo federal, pode exigir o aumento dos juros, e que os quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão em “consonância total” caso haja necessidade de elevar a Selic.

    Em audiência na Comissão de Tributação e Finanças (CFT) da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (13), o banqueiro central destacou que o BC “só está fazendo o que o governo quer” e citou uma frase de Lula sobre ter a inflação baixa e economia crescendo.

    “A economia tem crescido todos os meses”, pontuou.

    “Em relação à possibilidade de subir os juros, ontem houve duas falas de diretores, inclusive diretores que foram apontados por este governo, dizendo ‘olha, nós vamos fazer o que tivermos que fazer para atingir a meta. E se tiver de subir os juros, e se for necessário, vai ser feito’”, afirmou Campos Neto na ocasião.

    Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) tomada em maio e mantida nas duas outras reuniões posteriores do colegiado — todas as decisões foram acertadas por unanimidade.

    Campos Neto também se defendeu sobre as alegações de que a Selic alta poderia favorecer o mercado financeiro, dizendo que a taxa média na gestão dele “foi mais baixa que os outros períodos”.

    Ao comentar sobre o fim da gestão, afirmou ter “certeza” que o trabalho continuará sendo feito.

    “A gente tem quatro membros indicados pelo governo que estamos em consonância total. Tenho certeza que se eu sair do BC o trabalho vai continuar sendo feito e de maneira técnica, pois o BC tem quadros técnicos que levam a que isso aconteça”, disse.

    O banqueiro central respondeu aos questionamentos do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e disparou aos risos: “quando eu for embora, daqui a cinco meses, vai sentir minha falta”.

    A meta de inflação contínua, imposta em decreto publicado em junho, foi fixada em 3% ao ano, com margem de tolerância em 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

    Atualmente ela está em 4,5% no acumulado em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mede os dados oficialmente.

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