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    Indicação de Chambriard não gera comoção entre importadores, que duvidam de mudança em refino e preços

    Segundo principal representante deste mercado, a percepção é de que não há espaço para Chambriard implementar relevantes mudanças de rota nas políticas da empresa

    Danilo Moliternoda CNN

    A comoção entre investidores gerada pela indicação de Magda Chambriard ao comando da Petrobras não encontrou eco entre os importadores de combustíveis. A repercussão da troca neste mercado foi detalhada à CNN pelo presidente-executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo.

    Segundo o principal representante dos importadores no país, a percepção é de que não há espaço para Chambriard implementar relevantes mudanças de rota nas principais políticas da empresa, como as decisões sobre refino e preços de combustíveis.

    Sacramentadas na terça-feira (14), a saída de Jean Paul Prates e a indicação de Chambriard levaram a estatal a perder bilhões em valor de mercado nesta semana. A ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP) é vista como uma figura mais alinhada aos desejos do governo de acelerar planos em refino, fertilizantes e indústria naval.

    “O nome da Magda não assusta os importadores, considerando que os planos de privatizações de ativos já tinham sido suspensos pelo Jean, assim como os avanços para a expansão de parques de refinarias”, disse o representante.

    Na perspectiva dos importadores, o avanço em direção do refino já está colocada com planos como a expansão da Abreu e Lima (Rnest/PE), com conclusão prevista para 2028. Mas a tendência é de que o cenário de necessidade de importação de combustíveis não se altere por pelo menos dez anos.

    Em relação à política de preços, a avaliação é parecida, visto que a gestão de Prates já havia abandonado a paridade internacional (PPI) e adotado modelo em que a estatal age para evitar altas ou baixas desmedidas em momentos de volatilidade no valor do barril de Petróleo.

    Se o nome de Chambriard não leva temores a este mercado, a opção por mais uma troca no comando da empresa gera insegurança, segundo o representante. Levantamento da CNN mostrou que, em média, presidentes da estatal dura um ano e meio no cargo — e Prates suportou ainda menos.

    “Gera insegurança ao mercado. Independente dos nomes, trocar o tempo todo não é bom”. disse.

    Sobre as expectativas para a gestão Chambriard, Araujo avalia positivamente as intenções da executiva de acelerar a exploração de petróleo na Margem Equatorial. Na avaliação do representante, a indicada à cadeira máxima da estatal — assim como Prates — é um quadro técnico do setor e pode levar contribuições à empresa.

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