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    Incidente com avião que perdeu porta nos EUA respinga no Brasil: veja direito de quem teve voo cancelado

    Procon afirma que passageiros devem ser reacomodados em outros voos

    Estadão Conteúdo

    Um incidente com um avião da Alaska Airlines no sábado (6) quando a porta de uma aeronave abriu em pleno voo e forçou um pouso de emergência, provocou a suspensão de voos do modelo Boeing 737 MAX-9 nos Estados Unidos.

    A paralisação se estendeu ao Brasil, onde a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) seguiu a recomendação de autoridades americanas. No país, apenas a Copa Airlines usa esse modelo de avião e teve alguns voos cancelados.

    Segundo o Procon de São Paulo, os consumidores afetados pelos cancelamentos dos voos da Copa Airlines devem ser reacomodados em outros voos — mesmo que de outras companhias — e, a depender de cada caso, têm direito à alimentação e acomodação.

    Em nota, o Procon também afirmou que a companhia aérea deve prestar informação clara e objetiva e informar sobre eventuais cancelamentos.

    A Copa Airlines suspendeu os voos que utilizam o Boeing 737 MAX-9 por decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que seguiu a diretriz da Administração Federal de Aviação (FAA, a agência regulatória de aviação dos Estados Unidos ). A companhia tem voos diários saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro para o Panamá.

    Depois isso, a agência dos EUA determinou a suspensão de voos com jatos Boeing 737 Max-9 para inspeção obrigatória.

    No site da Copa Airlines, é possível acompanhar o status de cada voo. Em São Paulo, por volta das 12h15, dos cinco voos previstos para este domingo (7) três foram cancelados. No Rio de Janeiro, das duas partidas programadas, uma partiu com atraso de quase oito horas e a outra está cancelada.

    “O Procon-SP também orienta os consumidores que eventualmente tenham problemas para, primeiramente, entrar em contato direto com a companhias aéreas. Não conseguindo resolver, podem registrar uma reclamação do Procon de sua cidade ou estado, ou, ainda a qualquer tempo, procurar a Justiça”, disse o órgão.

    O Procon-SP disse que irá notificar todas as companhias aéreas “para orientar e atender os consumidores eventualmente prejudicados com atrasos ou cancelamentos de voos.” O órgão também questionará se elas utilizaram o modelo 737 MAX.

    Inicialmente, a Anac informou que a proibição não era necessária no país porque nenhuma companhia operava com o modelo envolvido no acidente, mas voltou atrás devido às rotas operadas pela Copa Airlines.

    Na frota da companhia, o Boeing 737 MAX-9 está disponível em 2 configurações: 13 aeronaves do Boeing 737 MAX 9-A, com 150 assentos na cabine principal, mais 16 assentos na Classe Executiva; e 4 aeronaves do tipo Boeing 737 MAX 9-B, com 162 assentos na cabine principal e 12 assentos na executiva.

    Em nota divulgada no sábado (6) a companhia aérea informou que “suspendeu temporariamente as operações de 21 aeronaves 737 MAX9 até que sejam submetidas à revisão técnica necessária.”

    A empresa também disse que já tinha iniciado as inspeções técnicas e que esperava que as aeronaves retornassem “à programação de voos de forma segura e confiável nas próximas 24 horas”.

    “A equipe da companhia aérea está trabalhando para minimizar o impacto para seus passageiros, embora alguns atrasos e cancelamentos sejam esperados devido a essa situação fora do controle da empresa”, disse a empresa.

    Pânico no ar

    O modelo fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Portland, em Oregon, devido a um problema que fez com que parte da fuselagem do avião explodisse, deixando um buraco na aeronave em pleno voo.

    O incidente se soma ao histórico problemático da classe de aeronaves Boeing 737 MAX. Em 2018 e 2019, dois grandes acidentes envolvendo o modelo resultou na morte de 346 pessoas e na suspensão por 20 meses de voos com a aeronave.

    A determinação da FAA envolve alguns modelos do 737 Max-9, os que têm um tampão de porta na cabine central, ou uma saída fechada com painéis em vez de ser usada como porta. Segundo a FAA, a decisão afeta cerca de 171 aviões em todo o mundo.

    Em comunicado divulgado neste sábado, a Boeing disse que concorda e apoia integralmente a decisão da FAA de exigir inspeções imediatas das aeronaves 737-9 com a mesma configuração da aeronave afetada.

    “A segurança é a nossa principal prioridade. Lamentamos profundamente o impacto que este evento teve sobre os nossos clientes e seus passageiros”, afirmou a companhia.

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