Importação de respiradores movimentou US$ 330 mi no Brasil em meio à pandemia
Somente no primeiro quadrimestre deste ano, que foi de janeiro a abril, a importação totalizou US$ 80 milhões
A importação de respiradores movimentou US$ 330 milhões entre maio de 2020 e abril de 2021 no Brasil, segundo a LogComex, empresa de dados e inteligência em comércio exterior.
Somente no primeiro quadrimestre deste ano, que foi de janeiro a abril, o valor correspondente à entrada desses aparelhos no país foi 37,5% maior do que os US$ 50 milhões registrados no mesmo período de 2020.
A maior parte das importações foi feita para o estado de São Paulo, responsável pela entrada de US$ 203,4 milhões em importação de respiradores em um ano. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, por exemplo, recebeu cerca de US$ 79 milhões de importação de respiradores no período. Já Viracopos recebeu um pouco mais que US$ 39 milhões.
Os maiores exportadores desses itens para o país são a China e os Estados Unidos, representando 28,67% e 12,63% do total, respectivamente.
Entre os produtos importados para reforçar o combate à crise sanitária, os respiradores não são a maioria, porém. Segundo a pesquisa, eles ficam atrás de luvas, máscaras e vacinas contra a Covid-19. No primeiro quadrimestre de 2021, o país importou US$ 324,9 milhões em vacinas, sendo que US$ 200 milhões foram em vacinas contra a Covid-19.
Para Helmuth Hofstatter, CEO da LogComex, em períodos de crise, é comum que produtos antes não tão procurados ganhem mais destaque. “No cenário em que vivemos, se acelerou uma série de itens que são essenciais para a pandemia, o respirador, por exemplo, é essencial”, afirma.
“Além disso, o governo zerou os impostos de vários itens e o total de insumos batem 628 produtos classificados para o combate ao coronavírus. Por mais que os outros países estejam avançando no combate, o Brasil tem ficado para trás, e vai continuar o aumento da importação”, diz.
Mesmo a alta do dólar não foi capaz de frear as importações. “Mesmo com a valorização da moeda norte-americana, a alta do frete… nada superou esse desafio para salvar vidas”, afirma.