IGP-M desacelera, mas aluguel ainda pesa; veja os valores das regiões mais caras
CNN Brasil Business mostra quando custaria para morar nas cidades mais caras do país
Apesar de ter desacelerado em novembro, com leve alta de 0,02%, o IGP-M — usado para reajustar contratos de aluguel —, ainda acumula alta de quase 18% em 12 meses. Isso significa que eventuais reajustes ainda podem pesar bastante no bolso do inquilino.
Tomando como base os preços médios dos aluguéis de imóveis, segundo o FipeZap, multiplicados por um imóvel de 70 metros quadrados, o CNN Brasil Business mostra quando custaria para morar nas cidades mais caras do país.
Hoje, em São Paulo, o aluguel de um imóvel desse tamanho custa cerca de R$ 2.800. Em Recife, R$ 2.400, Brasília, R$ 2.300 e Rio de Janeiro, R$ 2.200.
Os alugueis nessas quatro cidades são os mais caros do país, em média.
Com um reajuste de 17,89% – variação do IGP-M em 12 meses –, caso uma pessoa feche um contrato de locação agora, os valores saltam para R$ 3.200 (SP), R$ 2.800 (Recife), R$ 2.700 (Brasília) e R$ 2.600 (Rio).
Veja algumas dicas para negociar o preço do seu aluguel:
1 – Argumentar que aluguel corrigido é mais caro do que um novo
O inquilino pode argumentar que, se o proprietário corrigir o contrato pelo IGP-M, o valor pode ser maior que o de um recém-alugado.
Vale ressaltar que os alugueis novos subiram 2% em 12 meses contra quase 18% do IGP-M.
Nessa linha, poderia ser uma opção do inquilino, por exemplo, mudar para um apartamento no mesmo prédio que ele mora por um valor mais barato. Esse argumento pode fazer com que o proprietário pense duas vezes antes de corrigir.
2 – Trocar IGP-M pelo IPCA
Vale dizer que 60% do IGP-M é de preços ao produtor, que pega a variação de preços de commodities, como minério de ferro, cobre entre outros. Esses produtos são cotados em dólar.
Isso fez com que o índice se descolasse muito do IPCA, que tem alta de cerca de 10% em 12 meses. Trocar de índice de correção pode ser uma opção.
3 – Tentar um bom acordo entre as partes
Se você é um bom inquilino e paga em dia os aluguéis, pode ser uma vantagem para o dono do imóvel aceitar negociar, evitando assim ficar com o imóvel vazio ou ter um inquilino inadimplente.
4 – Propor um acordo temporário
O acordo pode ser temporário. Pelo menos enquanto o IGP-M e o IPCA estão tão diferentes.
*Com informações de Priscila Yazbek / Texto publicado por Ligia Tuon