Ibovespa fecha em queda de 1,67% com taxa Selic; dólar encerra em alta
Moeda norte-americana terminou a sessão com valorização de 0,70%, a R$ 5,574
O Ibovespa fechou o pregão desta quinta-feira (9) em queda de 1,67%, aos 106.291,14 pontos. Enquanto dólar acelerou os ganhos frente ao real e encerrou com alta de 0,70%, a R$ 5,574.
O índice operou no vermelho ao longo do dia enquanto os investidores entendiam os impactos da nova Taxa Selic proposta pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na noite de ontem.
E com a expectativa da terceira dose da vacina oferecendo proteção contra a variante Ômicron, os mercados passaram a avaliar outros riscos, como a possível redução de estímulos do Banco Central Americano (FED).
Sobe e desce da B3
Veja os principais destaques da sessão de hoje:
Maiores altas
- Gol (GOLL4) +3,59%
- Equatorial Energia (EQTL3) +1,49%
- Weg (WEGE3) +1,28%
- CSN (CSNA3) +1,27%
- Hypera (HYPE3) +0,41%
Maiores baixas
- Lojas Americanas (LAME4) -9,24%
- Americanas (AMER3) -8,56%
- Banco Inter (BIDI11) -8,03%
- Magazine Luiza (MGLU3) -7,78%
- Via (VIIA3) -7,11%
Dólar
A moeda norte-americana refletiu a redução do apetite por risco no exterior ofuscando a decisão do Banco Central do Brasil de elevar os juros básicos em 1,50 ponto percentual e sinalizar aumento na mesma magnitude em na próxima reunião.
Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a apresentar perdas, indo a R$ 5,518 na mínima do dia (-0,33%), mas logo recuperou fôlego com suporte do exterior, onde o dólar tinha força generalizada.
Parte dessa valorização refletiu movimento de compras de grandes agentes importadores que aproveitaram o preço mais baixo da moeda norte-americana nas mínimas do dia para “ir às compras”, escreveu Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Enquanto isso, no exterior, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes- subia 0,315%, a US$ 96,244, às 17h, horário de Brasília, refletindo o desconforto de investidores com incertezas relacionadas ao impacto econômico da variante Ômicron do coronavírus, conforme vários países anunciam medidas mais rígidas de combate à Covid-19.
A divulgação de um importante relatório de inflação norte-americano na sexta-feira, que pode influenciar a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), também foi citada por participantes do mercado como impulso à cautela observada nesta quinta-feira.
Copom
A alta de 1,5 ponto – a sétima seguida – coloca o índice no maior patamar desde julho de 2017 e representa o maior ciclo de alta desde 2002.
A decisão do Copom veio em linha com a expectativa de consenso do mercado, mas havia alguma incerteza sobre quais seriam as indicações da autarquia sobre seus próximos encontros de definição de juros.
No comunicado, o Banco Central sinalizou para uma alta da mesma magnitude na reunião de fevereiro do ano que vem. O trecho mais destacado pelo mercado financeiro é a parte em que o comitê afirma que irá perseverar na estratégia até que o processo de desinflação e a ancoragem das expectativas seja consolidada. Para os analistas, o comunicado teve um tom hawkish, representando uma maior preocupação do BC com a inflação do que com a atividade econômica.
Entre os riscos para a inflação, o Banco Central mencionou a cautela de outros bancos centrais estrangeiros, a variante Ômicron e uma possível nova onda da pandemia com a chegada do hemisfério norte.
Na avaliação de participantes do mercado, o tom duro do BC é adequado. No setor produtivo, porém, empresários criticaram a forte alta dos juros diante do esfriamento da economia, sob o argumento de que uma Selic maior não irá resolver a inflação dos preços administrados, como a energia.
Fed
O chair do Fed, Jerome Powell, já afirmou que o banco central deve discutir em dezembro se encerrará suas compras mensais de bônus de US$ 120 bilhões alguns meses antes do previsto. A reunião ocorre na semana que vem. Um aumento de juros naquele país é esperado para o terceiro trimestre do ano que vem, segundo pesquisa Reuters com economistas.
Informações sobre o mercado de trabalho norte-americano e sobre a alta nos preços vêm sendo avaliadas pelos investidores devido a sua importância na decisão do Federal Reserve de acelerar a retirada de estímulos.
Na manhã
O Ibovespa, assim como outras bolsas globais, operaram em queda nessa manhã após serem impactados pelo possível maior calote financeiro da Ásia, por parte da Evergrande.
A companhia Evergrande, listada em Hong Kong e conhecida como uma das maiores incorporadoras da China, tem aproximadamente US$ 20 bilhões em títulos em dólares pendentes e não realizou os pagamentos em atrasos de alguns deles antes do prazo final (última segunda-feira).
Por conta do atrasado, a Fitch, agência de classificação de risco, rebaixou a nota de crédito da incorporadora chinesa Evergrande para “default restrito”. Segundo a Fitch, a nota reflete a situação atual da empresa, que, apesar do calote, ainda não entrou em processo de falência.
Dias antes do pagamento, a Evergrande procurou ajuda do governo chinês após alertar que seria incapaz de pagar a dívida de US$ 260 milhões, que havia prometido.
*Com informações da Reuters
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