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    Ibovespa fecha com alta de 0,59% e fica acima dos 110 mil pontos pela 1ª vez desde fevereiro; dólar vai a R$ 4,96

    Mercados repercutiram aprovação do caráter de urgência do marco fiscal e negociações do teto da dívida nos EUA

    Da Reuters , São Paulo

    O Ibovespa engatou a segunda alta seguida nesta quinta-feira (18), um dia após a Câmara dos Deputados aprovar o caráter de urgência da votação do novo marco fiscal.

    No cenário internacional, as atenções se voltam para a cúpula do G7 — o grupo das sete maiores economias do mundo e convidados —, que ocorre a partir desta sexta-feira (19), no Japão.

    Em paralelo, investidores seguem acompanhando as negociações entre republicanos e democratas para desatar o nó do teto da dívida dos Estados Unidos e evitar um calote inédito da maior economia do mundo.

    O principal indicador da bolsa brasileira encerrou o dia com avanço de 0,59%, aos 110.108 pontos, espelhando o clima positivo nos principais mercados globais. É a primeira vez que o Ibovespa rompe a barreira dos 110 mil pontos desde o início fevereiro.

    Seguindo a mesma direção, o dólar fechou a sessão com valorização de 0,69%, negociado a R$ 4,968 na venda.

    O pregão foi sustentado pelo rali nas ações de frigoríficos, além de altas da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4; PETR3). A sessão foi liderada pela alta de 11,76% da BRF (BRFS3), enquanto Minerva (BEEF3) fechou com valorização da 6,92%.

    As ações da Vale se afastaram das mínimas observadas no início do pregão e fecharam o dia com alta de 0,24%. Ainda no grupo das gigantes do Ibovespa, os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) subiram 0,55%, enquanto os ordinários (PETR3) ganharam 0,41%.

    A empresa informou nesta quinta que pretende recorrer à negativa do Ibama em liberar a exploração de um bloco de petróleo na foz do rio Amazonas, no Amapá.

    A companhia afirmou que não foi informada pelo órgão, porém, “tão logo notificada, formulará pedido de reconsideração em âmbito administrativo”.

    Segundo a empresa, a exploração da área faz parte de um compromisso assumido com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP), e que “incorrerá em multa contratual se não for realizado”.

    No noticiário doméstico, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta, com margem folgada de votos, um requerimento que confere regime de urgência para o projeto do novo arcabouço fiscal do país, que deve ser votado na Casa na próxima quarta-feira (24).

    Tal desfecho era aguardado pelo mercado, com alguns analistas não esperando grandes mudanças no texto até a sua votação, como a volta da excepcionalização de algumas despesas, apesar de notícias sobre pressão para alterar a proposta.

    Já na pauta internacional, o presidente norte-americano, Joe Biden, e o principal republicano do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy, disseram na quarta-feira que estavam determinados a chegar a um acordo e iniciariam negociações diretas sobre o limite de dívida de US$ 31,4 trilhões do país.

    O mandatário deve seguir nas tratativas com o Congresso enquanto participa da cúpula do G7, junto com as principais economias do globo.