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    Haddad volta a defender taxação de fundos dos super-ricos e diz que medida é correção de “jabuti tributário”

    Ao ser questionado sobre as taxações de offshores, ministro da Fazenda disse que o governo já acolheu 19 sugestões na medida provisória que foi enviada ao Congresso Nacional

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a taxação de fundos de super-ricos e afirmou que a medida é uma correção de um “jabuti tributário”. De acordo com o titular da pasta, os beneficiários desses fundos são menos de 1% da população que se beneficia de uma brecha na lei.

    “Estamos falando de 2,4 mil fundos que envolvem patrimônio de R$ 800 bilhões. É uma legislação anacrônica, que não faz sentido nenhum. Não é tomar nada de ninguém, é cobrar rendimento deste fundo, como qualquer trabalhador paga imposto de renda. Não é ser contra, mas o salário mínimo ficou congelado, Bolsa Família foi e voltou, tabela de Imposto de Renda, mas, quando você quer fazer justiça fiscal, a pessoa vai reclamar, sendo que todo mundo paga”, disse em entrevista ao portal Metrópoles nesta quarta-feira (26).

    Haddad afirmou que o “jabuti tributário” é uma exceção na legislação brasileira para apenas um grupo. “Não tem sentido uma pessoa que tem R$ 300 milhões de patrimônio rendendo estar num paraíso fiscal só dela. O Brasil criou uma espécie de conta paradisíaca para essas duas mil famílias. Já temos uma das menores alíquotas do mundo e nem isso a pessoa quer pagar”, frisou.

    Ao ser questionado sobre as taxações de offshores, Haddad disse que o governo já acolheu 19 sugestões na medida provisória que foi enviada ao Congresso Nacional. Ele ainda admitiu que melhorias na proposta ainda poderão ser feitas.

    Brasil no grau de investimento

    Na mesma entrevista, Fernando Haddad também disse estar confiante de que o país alcançará o grau de investimento das agências de classificação de risco até o fim do governo, em 2026.

    “Dá. Claro que dá. Temos um rumo traçado e não podemos sair da linha. O objetivo é recompor a base fiscal e não em cima dos mais pobres. Estamos fazendo a recomposição mirando em quem tem como fazer isso. Aí outros fatores de avaliação vão sendo completados”, disse.

    O ministro ainda voltou a falar que a mudança na classificação é um trabalho em conjunto. “Hoje saiu o rating da Fitch. A primeira coisa que fiz foi agradecer à Câmara, ao Senado, ao STF. Não é obra de uma pessoa”, afirmou.

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