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    Haddad se diz “impressionado” com consenso por marco fiscal e reforma tributária

    Representantes do setor produtivo, relatores dos projetos na Câmara, além de Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Roberto Campos Neto, também participaram do encontro

    Danilo Moliternoda CNN São Paulo

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se disse “impressionado” com o consenso que há ao redor dos textos do marco fiscal e da reforma tributária. Ele falou com a imprensa nesta terça-feira (23), após se reunir com parlamentares e representantes do setor produtivo.

    “Fiquei muito impressionado com o consenso em torno das duas pautas. Temos que votar marco fiscal e a reforma tributária. Não houve uma só voz dissonante a respeito da urgência dessas duas matérias para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, disse.

    Entre os presentes no encontro estavam os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também esteve na reunião.

    Elogiados pelo ministro na condução de suas respectivas matérias, também compareceram os deputados Cláudio Cajado (PP-BA), que relata o marco fiscal, e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que relata a reforma tributária.

    Haddad ainda falou sobre a expectativa de que ainda no primeiro semestre o marco seja promulgado e a reforma seja pautada no Congresso Nacional. Ele disse “não ter do que se queixar” em relação ao diálogo com outros poderes pelo avanço das agendas.

    “O Ministério da Fazenda não tem do que se queixar sobre o diálogo que mantém com as duas casas e com o Supremo Tribunal Federal em torno da agenda de equilíbrio das contas para promoção do equilíbrio econômico do país”, afirmou.

    Lira e Pacheco negam “revisitar” temas

    Em fala à imprensa logo após a reunião, tanto Lira quanto Pacheco defenderam a manutenção de temas votados recentemente pelo Congresso Nacional.

    O presidente do Senado Federal disse que matérias como o Marco do Saneamento, a capitalização da Eletrobras e a autonomia do Banco Central são “realidades nacionais”.

    “O que nós objetivamos é a permanência dessa realidade, sem prejuízo de modificações que possam ser feitas pelos mecanismos devidos. Mas há o reconhecimento de uma realidade reformista do Congresso Nacional, e não podemos abrir mão disso”, disse.

    Já o presidente da Câmara afirmou que qualquer “revisitação” a temas votados no Congresso deve ser feita no âmbito do Legislativo — e disse ter comunicado isto ao governo Lula.

    “A revisitação de temas que o Congresso votou há pouco tempo tem que acontecer, quando acontecerem, no âmbito do Congresso. É importante que a gente acalme os ânimos dessas pautas, que não terão eco no plenário das duas Casas, independente da vontade minha ou de Pacheco. O governo tem sido informado”, disse.

    Com Campos Neto, reunião trata de juros

    Também esteve presente no encontro o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Entre os tópicos tratados na reunião esteve o atual patamar das taxas de juros (em 13,75% desde agosto de 2022).

    Segundo Rodrigo Pacheco, a necessidade de reduzir o atual patamar da Selic se mostrou um “consenso” no encontro.

    “Falando de um tema muito importante, que é a questão da taxa básica de juros, é o intuito de todos, desde o Congresso ao presidente Lula e sua equipe econômica e do setor produtivo, a redução gradativa”, disse.

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