Guedes nega prorrogação de auxílio emergencial e estado de calamidade para 2021
Ministro da Economia disse que não há decisão de prorrogar ou articulação nesse sentido
O ministro da Economia, Paulo Guedes, negou nesta quarta-feira a prorrogação do auxílio emergencial ou do estado de calamidade para além de dezembro deste ano.
Durante um café da manhã com jornalistas, Guedes afirmou que não há decisão de prorrogar ou articulação nesse sentido. A informação foi confirmada pela CNN com a assessoria do ministro.
“O estado de calamidade pública vai até o fim de dezembro. E no fim de dezembro acabou tudo isso. Ponto. Essa é a informação. Não tem nada disso. Não tem prorrogação, não tem nada disso”, afirmou Guedes. “Terminou o ano. Zero. O ministro da economia está descredenciando qualquer informação a respeito de uma decisão de prorrogar isso, prorrogar aquilo. Estou descredenciando.”
Mais cedo, a Veja tinha noticiado que havia a possibilidade de estender o benefício até meados do ano que vem. Segundo a reportagem, o presidente Jair Bolsonaro não quer deixar 38 milhões de brasileiros desassistidos, sem uma solução imediata para manter a renda da população.
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que concorda com a posição manifestada mais cedo pelo ministro da Economia, ao negar em entrevista à imprensa a possibilidade de prorrogação do estado de calamidade para combater a pandemia de Covid-19 e do auxílio emergencial.
Em sua conta no Twitter, Maia publicou o link da matéria da Reuters sobre a fala de Guedes e afirmou: “A posição da presidência da Câmara é a mesma.”
Na entrevista à imprensa, o titular da Economia negou a prorrogação do auxílio emergencial ou do estado de calamidade para além de dezembro deste ano e disse que não há decisão de prorrogar ou articulação nesse sentido.
Por falar em recursos, hoje era o prazo estipulado pelo relator do projeto do Renda Cidadã apresentar uma proposta de onde viriam os recursos. No entanto, o senador Márcio Bittar (MDB-AC) afirmou na terça-feira que a proposta do novo programa social que o governo tenta criar para substituir o Bolsa Família deve ficar pronta na próxima semana, “se Deus quiser”.
“Semana que vem, se Deus quiser, está pronto”, disse. Bittar deu a declaração ao chegar no Palácio do Planalto, na tarde desta terça. Um dia antes, na segunda, 5, ele chegou a afirmar após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que apresentaria a proposta nesta quarta, 7.
(Com Reuters)
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