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    Guedes: Minha função é não deixar explodirem a República Federativa do Brasil

    De acordo com o ministro da Economia, a previsão da equipe econômica é de que, sem reformas, os gastos públicos resultem em um rombo de 1,7% do PIB

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a aprovação da PEC que permite o parcelamento dos precatórios, com o objetivo de manter o equilíbrio das contas públicas em 2022. Ele reforçou que já há jurisprudência para o parcelamento desse tipo de dívida e que pagar o montante de R$ 90 bilhões à vista inviabiliza todas as outras despesas públicas. 

    “Não é só para o Bolsa Família, não estamos fazendo isso por conta do Bolsa Família. Não tem dinheiro para o Bolsa Família, não tem dinheiro para Minha Casa Minha Vida, para infraestrutura, não tem dinheiro para pagar salários aqui na esplanada (servidores)”, observou em debate virtual, nesta sexta-feira (20), promovido pela Genial Investimentos. 

    “Minha função é não deixar explodirem a República Federativa do Brasil, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Teto de Gastos”, completou.

     

    De acordo com Guedes, a previsão da equipe econômica é de que, sem reformas, os gastos públicos resultem em um rombo de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e de 0,3% do PIB em 2022. 

    “Se reclamarem que o fundo dos precatórios foi mal interpretado, tudo bem tira. Mas se quiserem pagar tudo de uma vez, não senhor. Isso é estouro fiscal”, reforçou. 

    Reforma que conseguir fazer

    Segundo Guedes, a orientação do presidente da República para a reforma tributária, que é outro projeto que enfrenta resistências no Legislativo, é “fazer o que for possível”. 

    Na visão dele, a taxação 20% sobre dividendos, um dos pontos mais criticados pelo setor empresarial, é modesta

    “Se (o dinheiro) saiu para o dono, deveria ir para o (regime) progressivo, sem importar se é renda da terra, salário, dividendos, bônus, etc. Mas nem isso estou fazendo. Estou fazendo um negócio muito modesto. Eu estou pedindo para colocar apenas em 20%, ‘vintinho’. É o mínimo possível”, argumentou ao defender também que a redução do Imposto de Renda para empresas deveria ser, na verdade, uma isenção. 

    O ministro também admitiu uma “frustração enorme” pela lentidão da agenda de privatizações, mas destacou que é “menor do que o senso de responsabilidade”.

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