Guedes afirma à CNN que Brasil causou “surpresa” e “admiração” em encontro do FMI
Ministro voltou a criticar os bancos centrais dos EUA e da Europa por demora em elevar juros para conter inflação mundial
Diagnosticado com Covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou à CNN que está medicado e segue trabalhando. De volta dos Estados Unidos, onde participou de encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, o ministro descobriu que está com coronavírus e desmarcou as reuniões presenciais.
“Voltei com Covid. Estou medicado e passei as reuniões para virtuais”, disse.
Guedes fez um diagnóstico positivo da participação do Brasil na reunião com líderes mundiais. “Nossa ida ao FMI foi muito bem-sucedida. Houve reconhecimento público da eficácia de nossos programas de transferência de renda aos mais vulneráveis [Auxílio Emergencial] e de preservação de empregos [Benefício Emergencial]”, disse.
Conhecido pelo otimismo, Guedes lançou mão de uma conta ampla de todo setor público, incluindo as estatais, para pregar que economia voltou a patamares positivos. De acordo com ele, o Brasil causou “surpresa e admiração com inversão de déficit de 10,5% para superávit fiscal de 0,4%”, se referiu ao consolidado de 2021.
“Brasil tem papel chave na segurança alimentar e na segurança energética do mundo”, complementou.
Ponto em comum de preocupação das lideranças mundiais, o impacto da guerra da Rússia e da Ucrânia na economia foi o principal assunto do encontro, que teve fim neste domingo. Para o ministro, houve atraso dos bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa para elevar juros a fim de conter a alta inflacionária. “Tenho dito que Fed e o Banco Central Europeu estão atrás da curva, dormindo ao volante. Reconheceram e já anunciaram aumentos mais robustos de juros”, pontuou.