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    Grandes empresas dos EUA, como PepsiCo e Qualcomm, adotam tom cauteloso sobre crescimento na China

    Economia da China cresceu mais do que o esperado no primeiro trimestre, mas comentários de empresas norte-americanas com operações substanciais na China sugerem que a demanda não voltou aos níveis pré-pandêmicos

    da Reuters

    Várias empresas dos Estados Unidos, incluindo PepsiCo, Qualcomm e Cummins, adotaram tom cauteloso sobre as perspectivas de crescimento na China, culpando o que disseram ser uma recuperação mais lenta do que o esperado depois que o país suspendeu as restrições sanitárias em dezembro.

    A economia da China cresceu mais do que o esperado no primeiro trimestre, mas comentários de empresas norte-americanas com operações substanciais na China sugerem que a demanda não voltou aos níveis pré-pandêmicos.

    Em abril, as importações da China contraíram acentuadamente, ressaltando os sinais de fraca demanda doméstica, à medida que um mercado imobiliário abalado, preocupações com a estabilidade do emprego e incerteza econômica global mantiveram os compradores cautelosos.

    “A China está melhorando, mas lentamente”, disse o diretor financeiro da PepsiCo, Hugh Johnston, à Reuters no final do mês passado.

    “Crescemos abaixo de um dígito na China, que anteriormente era um mercado de crescimento de dois dígitos para nós antes da pandemia. Acho que levará alguns trimestres antes que realmente volte para onde estava antes”, disse Johnston.

    A Rival Coca-Cola ecoou a percepção.

    A Starbucks, a maior rede de cafés do mundo, registrou um aumento de 3% nas vendas comparáveis na China em seu segundo trimestre, mas disse que o crescimento nas vendas semanais médias será mais moderado no segundo semestre do ano.

    “A confiança do consumidor continua fraca e abalada porque muitos chineses enfrentaram cortes de emprego e salários em 2022 e os bônus do Ano Novo Chinês em 2023 foram baixos”, disse Shaun Rein, diretor administrativo do China Market Research Group.

    “O resultado é que os chineses estão migrando para alternativas mais baratas: pense em Luckin Coffee em vez de Starbucks, Anta em vez de Adidas. (Os consumidores) estão procurando linhas de produtos de bom custo benefício e cortando itens caros, como carros e casas.”

    Ainda assim, uma rápida recuperação na demanda por viagens domésticas sustentou as vendas em hotéis. A Marriott International relatou resultados trimestrais melhores do que o esperado na semana passada, com a receita por quarto disponível na China se recuperando para os níveis de 2019.

    A Accor, maior grupo hoteleiro da Europa, também disse que a China viu uma clara aceleração no trimestre, especialmente após os feriados do Ano Novo Lunar.

    A Apple disse em seu último relatório trimestral que as vendas na China caíram 2,9%. A fabricante de chips Qualcomm, que prevê resultados para o trimestre atual abaixo das estimativas, disse: “Não vimos evidências de recuperação significativa (na China) e não estamos incorporando melhorias em nossas suposições de planejamento”.

    A Cummins disse que os fabricantes de caminhões na China estão aumentando a produção para reabastecer estoques, mas a empresa “ainda não está vendo sinais de melhoria sustentada”.

    A GM, que enfrenta forte concorrência no lotado mercado automotivo da China, disse que não espera uma melhora em sua receita no país até o segundo semestre.

    “A China será um motor de crescimento para muitas empresas multinacionais, mas não terá as taxas de crescimento altas que muitos analistas preveem”, disse Rein, da China Market Research.

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