Governos europeus discutem medidas conjuntas de € 500 bi contra coronavírus
Itália e Espanha, países mais afetados pela pandemia, defendem a criação de eurobonds, títulos internacionais expedidos em moeda diferente da do emissor
Os ministros das Finanças da zona do euro devem chegar a um acordo nesta terça-feira (7) sobre medidas no valor de mais de € 500 bilhões para combater as consequências econômicas do coronavírus, mas devem afirmar que os planos para emitir conjuntamente dívida precisará de mais negociação.
A Itália e a Espanha, os mais afetados pela epidemia, também têm sido os maiores defensores da necessidade de criar eurobonds para aliviar a profunda recessão esperada na Europa neste ano devido à pandemia e financiar uma recuperação.
Mas Holanda, Alemanha e vários outros são contra mutualizar a dívida e argumentam que já que todos os países da zona do euro podem ainda emprestar de forma barata no mercado e que os limites da UE sobre décitis foram suspensos, não há necessidade de criar eurobonds agora –especialmente dado que o processo levará anos.
“Existe muito espaço para solidariedade dentro dos instrumentos e instituições existentes. Temos que explorar essas ferramentas totalmente e continuar abertos a fazer mais. Um pacote forte está sendo feito”, disse o presidente dos líderes da UE, Charles Michel.
Os ministros farão uma teleconferência às 10h (horário de Brasília) nesta terça-feira. Eles então preparam uma lista de ideias para os líderes da UE, focando em três ou quatro medidas que podem ser adotadas imediatamente.