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    Governo vai incluir mais estados e usar ferrovias em rotas de integração sul-americana

    Até aqui, só fazem parte do plano estados que têm fronteira no continente; para integrar demais regiões, ideia é contar com os trilhos

    Danilo Moliternoda CNN

    O governo federal vai incluir as regiões Nordeste e Sudeste, além de Goiás e Tocantins, no plano que propõe cinco rotas para a integração da América do Sul. Estes estados ficaram de fora do desenho inicial do programa e serão o foco de nova fase da iniciativa tocada pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

    Nas primeiras duas fases do programa, uma comitiva da pasta comanda por Simone Tebet visitou os onze estados brasileiros que têm fronteira no continente, além dos países vizinhos.

    A partir deste mês se inicia a “fase três” do plano, em que todas as UFs que continuam de fora serão procuradas pelo Ministério.

    • Crédito: Reprodução/MPO

    “O mais importante das fases ‘um’ e ‘dois’ foi verificar como pode se dar a integração entre o Brasil e os vizinhos. Agora é ver como os estados restantes podem se conectar ao desenho das cinco rotas estabelecidas”, explica em entrevista à CNN o secretário de Articulação Institucional da pasta, João Villaverde.

    Para incluir estes estados, o Ministério pretende colocar as ferrovias — modal que ficou em segundo plano até aqui — no mapa das rotas. Uma série de estados seriam adicionados ao desenho somente ao inserir os 2.257 km da Ferrovia Norte-Sul, que vai do Porto de Pequim (MA), ao de Santos (SP), cortando Goiás e Tocantins no caminho.

    Também devem ser incluídas as ferrovias Fico, que ligaria Lucas do Rio Verde (MT) a Mara Rosa (GO); Fiol, de Figueirópolis (TO) ao Porto de Ilhéus (BA); e a Transnordestina, de Eliseu Martins (PI) aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE).

    Diferentemente da Norte-Sul, estes projetos estão em andamento e enfrentam uma série de impasses.

    Por esta razão, Villaverde destaca o papel de recém-criada comissão interministerial, com 12 pastas, que abordará o tema. Neste colegiado o MPO espera tratar da integração diretamente com as demais áreas interessadas.

    O Ministério dos Transportes e do Meio Ambiente, envolvidos nos projetos ferroviários, por exemplo, fazem parte do grupo.

    Antes de começar a mexer no mapa, porém, o Planejamento quer ouvir os estados sobre as melhores soluções para integrá-los ao plano.

    “É possível, por exemplo, ir do Porto de Santana (AP), que faz parte do Plano, aos portos de Pecém e Itaqui (MA), em cabotagem. Mas se a melhor maneira é essa ou hidrovia ou rodovia quem vai dizer são os estados”, diz.

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