Governo tem feito bom trabalho com agenda de privatização, diz economista
Em entrevista à CNN, Gesner Oliveira diz que atuação do ministério da Economia nas privatizações tem sido 'um salto grande' na história
O leilão do 5G segue nesta sexta-feira (5), mas já arrecadou 250% acima do valor mínimo previsto. Foi o segundo maior leilão da história, só atrás do pré-sal.
Porém, mesmo com o 5G superando as expectativas, a arrecadação com a agenda de privatizações e concessões está distante da meta prevista pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no início do mandato do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de mais de R$ 1 trilhão. O captado foi de R$ 185 bilhões. É o que mostra um levantamento exclusivo da GO Associados à CNN.
Apesar do resultado distante da meta, o economista Gesner Oliveira afirma que o Executivo tem feito um bom trabalho, se olharmos em uma perspectiva histórica.
“Este tem sido um período que houve o maior volume de arrecadação e investimentos. Na área de Telecom, saneamento, ferrovias e rodovias, por exemplo, interessa saber se haverá investimentos para melhorar e prover serviços a muitas regiões que não têm hoje um bom serviço de infraestrutura”, disse Oliveira, em entrevista à CNN.
“Por isso, olhando para a nossa história, é um salto grande. O problema é que as nossas lacunas são enormes. Mas estes certamente são resultados positivos”, acrescentou.
O economista também acredita que até o final do governo Bolsonaro não haverá uma grande privatização, como seria a da Petrobras.
“Vimos que o volume feito pelo governo do ponto de vista de venda de estatais não é tão grande [porque] tem muita resistência, exige uma articulação política e muito planejamento. Acho que esse governo tem feito muito em termos de concessão de serviço, o que é bom e traz investimento.”