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    Governo quer incentivar empresários a produzir halal de maior valor agregado

    Montante de alimentos desse segmento exportado para a Liga Árabe resultou em faturamento de US$ 17,74 bilhões

    Vinicius Galera, do Estadão Conteúdo

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 23, que seu governo pretende incentivar o setor empresarial brasileiro a explorar outros segmentos, que não só o de alimentos in natura, do mercado halal e que tenham maior valor agregado, como cosméticos, medicamentos, itens de vestuário e alimentos processados.

    Em mensagem enviada à Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, lida na abertura do Global Halal Brazil Business Forum, em São Paulo, Lula ressaltou também o desempenho recorde de exportações do Brasil para a Liga Árabe em 2022, dizendo ser “um sinal de confiança do consumidor muçulmano no produto brasileiro”.

    Esse avanço das exportações, sobretudo de produtos halal (produzidos conforme os preceitos islâmicos), reflete, ainda, a “capacidade do Brasil de atender às demandas deste mercado”.

    O montante exportado para a Liga Árabe resultou em faturamento de US$ 17,74 bilhões, majoritariamente em alimentos e minérios, no melhor desempenho da série histórica iniciada em 1989.

    Ainda para Lula, na mensagem, os países árabes “estão inseridos num mercado ampliado de quase 2 bilhões de consumidores, que compreendem o total da população muçulmana do planeta, presente em mais de 60 países”.

    Lembrou também que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, “particularmente de carnes de padronização muçulmana”, tendo ainda “vocação e capacidade de fornecer ao mercado global produtos halal.

    Veja também: Câmara deve votar projeto que taxa fundos de super-ricos nesta semana

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