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    Governo dos EUA estão investigando a segurança do “piloto automático” dos carros da Tesla

    O recurso, que é vendido como uma opção adicional de US$ 8 mil, exige que os motoristas permaneçam no assento do condutor e prontos para assumir o controle do veículo a fim de evitar acidentes

    Chris Isidoreda CNN

    A Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário dos Estados Unidos (NHTSA, em inglês) afirmou que iniciou uma investigação sobre a segurança do recurso de Condução Autônoma Completa (FSD, em inglês) de veículos da Tesla, após pelo menos um acidente fatal envolvendo um pedestre.

    A investigação está examinando quatro acidentes envolvendo veículos que utilizavam o recurso FSD. Em um dos casos, um pedestre foi atropelado e morreu, segundo a NHTSA. Em outro acidente, houve uma lesão.

    Em cada um dos acidentes, o carro da Tesla utilizando o FSD “sofreu uma colisão após entrar em uma área de visibilidade reduzida da estrada, devido a condições como brilho solar, neblina ou poeira em suspensão”, disse o comunicado da Administração sobre o início da investigação.

    O “piloto automático” está no centro dos planos de crescimento e lucratividade futuros da Tesla. O recurso, que é vendido como uma opção adicional de US$ 8 mil, exige que os motoristas permaneçam no assento do condutor e prontos para assumir o controle do veículo a fim de evitar acidentes.

    No entanto, a Tesla e o CEO Elon Musk insistem que o recurso é mais seguro que a condição humana, com anúncio de planos para carros verdadeiramente autônomos que viriam sem volantes, aceleradores ou pedais de freio.

    Na semana passada, Musk revelou planos para uma frota de “robotáxis” autônomos e um serviço que permite aos proprietários de Tesla alugar seus carros como um serviço de transporte para ganhar dinheiro quando não estiverem usando os veículos.

    Contudo, enquanto Musk insistiu que esses planos permitiriam que a Tesla se tornasse a empresa mais valiosa do mundo, investidores não ficaram muito impressionados com a apresentação e as ações da empresa caíram quase 9% no dia seguinte à apresentação.

    Esta não é a primeira vez que a NHTSA anuncia que está investigando recursos de condução autônoma da Tesla. Em fevereiro de 2023, o órgão do governo dos EUA ordenou um recall para alterar o software do FSD em todos os mais de 360 mil Teslas que, na época, estavam em circulação no país com esse recurso.

    Foi constatado que o FSD “levava a um risco irracional para a segurança veicular com base na adesão insuficiente às leis de segurança no trânsito”. E advertiu que o sistema de condução poderia violar leis de trânsito em alguns cruzamentos “antes que alguns motoristas pudessem intervir”.

    “O sistema Beta FSD pode permitir que o veículo aja de forma insegura em cruzamentos, como o atravessar diretamente enquanto está em uma faixa apenas para conversão, entrar em um cruzamento controlado por sinal de pare sem parar completamente ou prosseguir em durante um sinal amarelo fixo sem a devida cautela”, disse o aviso de recall, publicado no site da NHTSA.

    Em dezembro, a NHTSA ordenou outro recall de todos os 2 milhões de Teslas em circulação nos EUA para realizar alterações no software a fim de limitar o uso de um conjunto menos robusto de recursos de assistência ao motorista conhecido como piloto automático, após uma investigação de dois anos da Administração sobre cerca de 1 mil acidentes nos quais o recurso estava ativado.

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