Gisele Soares: Embora governo queira reduzir preços, não pode interferir na Petrobras
No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (28), a advogada avaliou as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o preço da gasolina
No quadro Liberdade de Opinião desta terça-feira (28), a advogada Gisele Soares avaliou as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre o preço da gasolina e a resposta de Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, ao dizer que não vai alterar a política de preços da estatal.
“O presidente [Bolsonaro] faz essa ressalva e alerta de que ele gostaria muito de interferir nesses preços, mas isso não é possível e é uma afirmação que é confirmada pelo presidente da Petrobras. A gente sente os aumentos nos postos de gasolina, quando vamos utilizar todos os tipos de transporte público, e porque temos um país majoritariamente rodoviário, onde todos os fretes que aumentam têm um impacto direto também nos bolsos dos consumidores”, disse a advogada.
“Originalmente, a Petrobras foi constituída em 1953 como uma empresa estatal, para garantir o monopólio do petróleo no Brasil. Só que, em 1997, a empresa se transformou em sociedade de economia mista, que é um tipo de empresa pública muito específica. Embora tenha majoritariamente o estado como acionista, ela deve funcionar sobre regras de mercado e é justamente aí que fica a dificuldade de compreendermos tanto a composição dos preços dos combustíveis como também o impacto dos impostos estaduais que deixam muito caros os combustíveis. É uma fala importante [a do presidente Bolsonaro]. Há uma explicação de que, embora o governo federal tenha essa vontade de redução desses preços, não pode interferir na empresa.”
O Liberdade de Opinião teve a participação de Augusto de Arruda Botelho e Gisele Soares. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
(Publicado por Daniel Fernandes)