Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Geopolítica é o maior, mas não o único, risco para a economia, afirma presidente do Banco Mundial

    Tensões foram intensificadas pelo conflito no Oriente Médio e Ajay Banga se refere a uma ameaça de desaceleração econômica

    Jorgelina do Rosarioda Reuters

    As tensões geopolíticas intensificadas pelo conflito no Oriente Médio representam a maior ameaça à economia mundial no momento, mas outros riscos também estão em jogo, disse o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, nesta terça-feira.

    “O rendimento do Treasury de dez anos acabou de ultrapassar brevemente os 5% ontem, e essas são áreas que ainda não vimos. Portanto, sim, isso está bem ali, à espreita, nas sombras”, disse Banga, referindo-se a uma alta na referência para os custos de empréstimos em todo o mundo, o que aumenta ainda mais a ameaça de uma desaceleração econômica.

    “E então, quanto tempo até a próxima pandemia?”, disse Banga durante um evento da Future Investment Initiative.

    “Há muita coisa acontecendo no mundo e na geopolítica com as guerras que estamos vendo e o que aconteceu recentemente em Israel e Gaza. No final das contas, quando se junta tudo isso, acho que o impacto sobre o desenvolvimento econômico é ainda mais grave”, disse ele.

    Os riscos tendem a se deslocar, afirmou ele. “Portanto, eu tomaria muito cuidado ao me fixar em um deles e ignorar os outros neste momento.”

    Banga disse que, embora tudo no mundo desenvolvido pareça melhor do que se esperava há algum tempo, “acho que estamos em um momento muito perigoso”.

    Ele disse que o investimento do setor privado é necessário nas economias em desenvolvimento, mas os riscos políticos em alguns desses países continuam sendo uma barreira.

    “É necessário 1 trilhão de dólares apenas para energia renovável nos mercados emergentes. Não há dinheiro suficiente nos cofres governamentais ou mesmo nos bancos multilaterais de desenvolvimento, precisamos envolver o setor privado com seu capital”, disse ele. “E essa é a maior tarefa que temos pela frente.”

    Veja também: Ações da Petrobras caem mais de 6% após comunicado

    Tópicos