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    Gastos dos brasileiros no exterior atingem menor valor desde 2003

    De janeiro a outubro, os gastos de brasileiros no exterior somam US$ 4,695 bilhões, 68,3% a menos do que no mesmo período do ano passado

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, , em Brasília

    As despesas de brasileiros com viagens para o exterior despencaram 81% em outubro, ante o mesmo mês do ano passado, para um total de US$ 284 milhões. O valor é o menor para meses de outubro desde 2003, o que sinaliza que o setor de turismo continua fortemente impactado pelos reflexos das crises econômica e sanitária, causadas pela pandemia de Covid-19. 

    Os números são da nota de Setor Externo, divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira (25). Vale destacar que além do fechamento de fronteiras por causa da pandemia, a alta do dólar e a tensão econômica em meio às incertezas também contribuem para o desaquecimento do turismo, especialmente o estrangeiro. 

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    No acumulado de janeiro a outubro, os gastos de brasileiros no exterior somam US$ 4,695 bilhões. O valor é 68,3% inferior aos US$ 14,849 bilhões registrados no mesmo período de 2019. 

    Estrangeiros no Brasil

    O turismo estrangeiro com destino ao Brasil também sofreu com as crises. Os gastos de moradores de fora com viagens para o país recuaram 60,8% em outubro, na comparação com o mesmo mês de 2019. As viagens de estrangeiros ao Brasil somaram R$ 181 milhões em receitas. 

    No ano, os turistas estrangeiros gastaram US$ 2,563 bilhões no Brasil. O número mostra recuo de 48,7% em relação ao mesmo período do ano passado. 

    Com a queda de ambos, gastos estrangeiros no país e gastos de brasileiros no exterior, o desempenho da conta de serviços de viagens do acumulado de 2020 melhorou 78,3% na comparação com o mesmo período de 2019. Isso porque antigamente os brasileiros gastavam muito mais recursos no exterior do que os estrangeiros no Brasil.

    De janeiro a outubro, a conta de viagens registrou déficit de US$ 2,132 bilhões. Somente em outubro, a despesa de brasileiros no exterior foi US$ 103 milhões superior aos gastos estrangeiros no Brasil. 

    Contas externas 

    As contas externas do Brasil registraram superávit de US$ 1,473 bilhões em outubro. O valor representa uma melhora significativa em relação ao rombo de US$ 8,052 bilhões no mesmo mês de 2019.  

    O resultado foi influenciado, principalmente, por uma melhora na balança comercial do mês, que mais que duplicou em relação a outubro do ano passado. Resultado de US$ 17,958 bilhões em exportações e US$ 13,144 bilhões em importações, a balança comercial foi superavitária em US$ 4,814 bilhões em outubro. No mesmo mês de 2019, o superávit foi de US$ 1,803 bilhão. 

    A conta de transações correntes é formada pela balança comercial, pelos serviços adquiridos por brasileiros no exterior e pelas rendas, ou seja, remessas de juros, lucros e dividendos do país para o exterior. Para este ano, a previsão do Banco Central é de um rombo de US$ 57,7 bilhões nas contas externas brasileiras.

    Investimentos 

    O Investimentos Direto no País (IDP) somou US$ 1,793 bilhões em outubro. No mesmo mês do ano passado, o IDP registrou US$ 8,221 bilhões. Ou seja, os investimentos no país recuaram 78,2% na comparação anual. 

    Até outubro, o IDP acumula US$ 31,914 bilhões. Para o total de 2020, o BC projeta que o IDP feche em US$ 80 bilhões.  

    Além do retorno de investimentos brasileiros no exterior, o IDP é formado por recursos da participação no capital e por empréstimos diretos concedidos à filiais de empresas multinacionais no país.

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