Gastos com Covid-19 ajudam economia britânica a crescer no fim de 2021
PIB do Reino Unido cresceu 1,3% no quarto trimestre com gastos no setor de saúde relacionada à pandemia, mascarando o impacto da inflação na renda das famílias
A economia britânica cresceu mais rápido do que o estimado inicialmente no final de 2021, mas o ganho deveu-se principalmente à atividade no setor de saúde relacionada à Covid-19, o que mascarou o impacto da inflação sobre a renda das famílias e o cenário obscuro para o setor privado.
O Produto Interno Bruto (PIB) da quinta maior economia do mundo cresceu 1,3% no quarto trimestre, quando a onda da variante Ômicron do coranavírus ganhou força, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira (31).
O resultado foi mais forte do que a estimativa preliminar de expansão de 1,0% na comparação com os três meses anteriores.
Mas as maiores contribuições para o resultado vieram de saúde e trabalho social, incluindo mais visitas a médicos, grande aumento nos testes de coronavírus e a ampliação do programa de vacinação contra a Covid-19.
Paul Dales, economista da consultoria Capital Economics, disse que a revisão para cima do PIB não é tão encorajadora quanto parece de imediato.
“Muito dela parece se dever a estoques enquanto os gastos dos consumidores foram revisados para baixo”, disse ele. “O último sugere que o aperto na renda real está começando a pesar, embora a queda na taxa de poupança forneça um colchão.”
A taxa de poupança caiu a 6,8% da renda disponível, de 7,5% no terceiro trimestre.