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    Gasto da União com servidores federais chega a menor valor desde 2008

    Número de funcionários ativos também apresenta queda, e atinge menor nível desde 2009

    Elis Barretoda CNN , em Brasília

    A representação dos gastos da União com servidores no PIB chegará ao menor valor desde 2008, até o fim de 2022. Segundo apresentação do ministério da Economia para investidores, a expectativa é que o custo de servidores em relação ao PIB será de 3,4% neste ano. Em 2021, essa representação foi de 3,6%.

    A queda nos gastos converge com o número de servidores ativos, segundo dados do Painel Estatístico de Pessoal, do governo federal. Em 2022, são 570 mil pessoas no quadro do funcionalismo federal, menor número desde 2009, quando o governo apresentava cerca de 562 mil servidores ativos.

    O ministério da Economia atribui essa queda a uma mudança na configuração da força de trabalho, promovida, principalmente, pela ampla transformação digital que está sendo realizada na administração pública federal.

    “A redução de pessoal decorre, basicamente, do processo contínuo de digitalização de diversos serviços públicos – são cerca de 4,8 mil serviços disponíveis na plataforma GOV.BR. Desta maneira, a força de trabalho, antes utilizada para muitas atividades operacionais repetitivas, vem sendo direcionada para atribuições mais estratégicas, que valorizem e garantam um atendimento cada vez melhor aos cidadãos.”, destaca a nota do ministério da Economia, enviada à CNN.

    Outro fator que contribuiu para a redução no quadro de pessoal foi o corte de 21 mil cargos comissionados, funções e gratificações do Executivo Federal em 2019. De forma imediata, foram extintos 159 cargos, além de 4.941 funções e 1.487 gratificações, com economia orçamentária estimada em R$ 195 milhões.

    A redução de gastos com pessoal impacta positivamente a dívida pública federal, que apresenta atualmente um estoque de R$ 5,8 bilhões. Com a queda das despesas, aumentam as chances do governo fechar as contas com superávit, o que reduz a necessidade de endividamento do governo para quitar as contas públicas.

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