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    Gasolina nos EUA está quase US$ 1 mais barata do que há um ano

    Medo de uma recessão – impulsionada em parte pela alta inflação – ajudou a conter os preços do petróleo, reduzindo o preço do combustível

    Matt Eganda CNN , em Nova York

    No verão do ano passado nos Estados Unidos, os preços da gasolina estavam disparando para US$ 5 o galão (aproximadamente 3,78 litros), frustrando os americanos, alarmando os banqueiros centrais e ameaçando toda a economia.

    Avance 12 meses: a média nacional atualmente é de US$ 3,54 o galão, segundo a American Automobile Association (AAA). Isso representa uma queda de 21% em relação ao ano anterior, quando a média era de US$ 4,47 o galão e 29% em relação ao recorde de junho de 2022 de US$ 5,02 o galão.

    Existem várias razões para a gasolina mais barata — e nem todas são positivas. Mas o fato de os preços da gasolina estarem muito mais próximos de US$ 4 do que de US$ 5 é um claro ponto positivo para os consumidores que se preparam para o início da temporada de verão americano, e mais uma evidência do arrefecimento da inflação em toda a economia.

    “Vimos muitas melhorias”, disse Patrick De Haan, chefe de análise de petróleo da GasBuddy. “O consumidor americano está sorrindo levemente com o preço mais baixo da gasolina, mas não acho que seja um sorriso completo ainda porque o sentimento econômico geral é cuidadoso”.

    O medo de uma recessão – impulsionada em parte pela alta inflação – ajudou a conter os preços do petróleo. Isso, por sua vez, reduziu o preço da gasolina e de outros derivados de petróleo.

    A guerra do Federal Reserve contra a inflação, marcada por 10 aumentos consecutivos nas taxas de juros, também derrubou o petróleo e outras commodities.

    Produção de petróleo dos EUA se recupera

    Mas também há fatores positivos por trás dos preços mais baixos da gasolina: o cenário apocalíptico de descarrilamento da produção de petróleo da Rússia não se concretizou, mesmo depois de mais de um ano de guerra na Ucrânia.

    A produção de petróleo dos EUA também continua a se recuperar gradualmente, servindo como um poderoso contra-ataque aos cortes de produção da Opep e seus aliados.

    De fato, a produção anual de petróleo dos EUA neste ano deve superar o recorde pré-Covid estabelecido em 2019, segundo a Energy Information Administration.

    Tudo isso ajudou a reduzir não apenas os preços da gasolina, mas também do diesel.

    A média nacional do diesel – um combustível fundamental na economia devido a seus caminhões que transportam bens de consumo – caiu 28% no ano passado, para US$ 4 o galão hoje.

    Gasolina não é barata

    Os preços da gasolina não são tão baratos quanto em 2020, quando a média nacional caiu abaixo de US$ 2 o galão.

    Claro, essa queda foi impulsionada pela pandemia da Covid-19. Poucas pessoas podiam desfrutar de gasolina barata naquela época.

    Alguns estados dos EUA não encontraram alívio na primavera. Por exemplo, no Arizona, o preço médio da gasolina comum é de US$ 4,67 o galão – ligeiramente abaixo dos US$ 4,75 o galão de um ano atrás.

    Na Califórnia, os motoristas pagam uma média de US$ 4,80 por galão de gasolina comum, embora isso seja inferior aos US$ 5,96 de um ano atrás.

    Pico no verão?

    Olhando para o futuro, os preços da gasolina provavelmente permanecerão longe do pico do verão passado.

    De Haan, da GasBuddy, disse que estão aumentando as chances de que a média nacional não chegue a US$ 4 o galão neste verão, uma mudança em relação à sua previsão anterior de que esse marco seja atingido ainda neste mês.

    “Espero que os preços do gás no verão sejam bastante mansos”, disse ele.

    No entanto, De Haan adverte que há pelo menos dois curingas que podem fazer os preços da gasolina dispararem mais uma vez: um forte furacão que derrube grandes refinarias ou uma recuperação econômica que aumente a demanda por energia.

    De Haan observa que os estoques de gasolina e petróleo permanecem relativamente baixos, deixando-os sujeitos a um pico de demanda.

    “Não estamos inundados de petróleo e podemos muito rapidamente estar em uma zona de perigo”, disse De Haan. “Se voltarmos à prosperidade econômica, vamos voltar à mesma explosão do preço da gasolina do ano passado.”

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