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    Fuja de golpes: veja 7 dicas para comprar com mais segurança na Black Friday

    Evitar transações por Pix e conferir a reputação dos sites são algumas recomendações de especialistas

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business

    A Black Friday está chegando e com ela a insegurança de cair em golpes e fraudes durante as compras online.

    Agora em 2021, com a reabertura de lojas após a melhora no quadro da pandemia, e a consolidação do hábito das compras online nos últimos anos, podem levar a mais opções de ofertas atrativas, mas também a mais golpes, avalia o advogado do Idec Igor Marchetti.

    Para comprar de forma mais consciente e segura, especialistas dão dicas para identificar os golpes mais comuns – como sites falsos –  e evitar que a data seja sinônimo de problema.

     

    1- Credibilidade

    A credibilidade dos sites é uma das primeiras coisas que o consumidor deve prestar atenção. O Procon disponibiliza uma lista de endereços eletrônicos que não são confiáveis. Os consumidores podem verificar a lista antes de concluir uma compra.

    Também é possível conferir a reputação da loja em que está comprando, como ela trata os clientes e a qualidade do produto por meio de um link fornecido pelo governo federal.

    “Garanta que o site da loja que você está acessando é verdadeiro e não uma cópia fraudulenta. Observe se o endereço do site está escrito corretamente e confira se existe um cadeado em frente ao endereço do site na barra de endereços do navegador”, afirma Milene Fachini Jacob, head da área de fintechs do Baptista Luz Advogados.

    2- Atenção

    É muito comum que o usuário encontre promoções exageradas e links atrativos com preços inacreditavelmente baratos. O advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Igor Marchetti diz que é necessária atenção redobrada na hora da compra.

    “Este ano, é preciso tomar cuidado com vendas por WhatsApp, pois muitos links com promoções enviados pelo aplicativo são, na verdade, captura de dados e fraudes”, avalia Marchetti.

    O advogado também ressalta a importância de verificar se no site existe um canal de atendimento e, se for o caso positivo, analisar se o canal é o mesmo do da compra.

    3- Forma de pagamento

    Na hora de realizar o pagamento, os especialistas não recomendam métodos de transações instantâneas, por conta do alto risco de o consumidor não receber estorno em caso de golpes ou compras com valores mais altos do que o correto.

    “Evite transações diretas. Apesar de ter uma facilidade maior, esse tipo de transferência torna o estorno mais complicado, diferente do cartão de crédito”, analisa Marchetti.

    Milene Fachini diz que a forma mais segura de realizar pagamentos de compras online é por meio de um cartão de crédito virtual.

    “Um ‘novo cartão’ é ativado no próprio aplicativo e, no geral, o número só fica disponível por determinado tempo, expirando em seguida. Alternativamente, a instituição emissora do cartão pode disponibilizar um cartão virtual recorrente, que pode ser bloqueado ou desabilitado, a pedido do cliente”, explica a advogada.

    4- Pix

    Os dois advogados mencionam que a utilização do Pix para os pagamentos na Black Friday 2021 podem não ser os mais adequados ao considerar o fator segurança. Por se tratar de transação instantânea, ela não pode ser revertida pelo cliente

    “Neste caso, é muito importante conferir atentamente o CNPJ da loja ou CPF do vendedor e valores, cruzando-os com os da compra e do vendedor”, afirma Milene.

    Vale ressaltar que a mesma premissa é válida para os pagamentos via boleto.

    5- Wi-fi

    Outra orientação importante é não utilizar wi-fi público no momento de efetuar uma transação financeira.

    Segundo Michelle Fachini, “estas redes podem ser manipuladas por fraudadores para roubo de dados pessoais e bancários dos usuários que nela estão conectados”.

    “A recomendação é que o usuário use o wi-fi público para pesquisar preços e sites, caso precise, mas finalize as compras usando uma rede particular”, completa a advogada.

    6- Planeje

    É recomendado sempre reavaliar os produtos antes de finalizar uma compra. O Idec chama a atenção para a reflexão sobre a necessidade de obter tal item, diante da série de obrigações que os brasileiros têm logo no início de 2022.

    “Os preços podem até parecer tentadores, mas é importante se planejar para não complicar o orçamento com a Black Friday. Logo depois da data, chega a hora de pagar o IPTU, o IPVA, a matrícula escolar, o plano de saúde. E dessas contas não dá para se livrar”, diz a entidade.

    Em razão disso, o Idec recomenda que o consumidor faça uma lista daquilo que ele realmente deseje ou precise para evitar gastos desnecessários que possam causar problemas no futuro.

    7- Reclamações

    No ano passado, foram registrados no Procon-SP mais de dois mil atendimentos relacionados à Black Friday. Deste total, 1.912 eram reclamações de “consumidores que enfrentaram problemas com as compras” e apenas 542 orientações sobre o assunto.

    Segundo o Procon-SP, os principais aborrecimentos são: atraso ou não entrega; pedido cancelado após a finalização da compra; maquiagem de desconto (situação em que o desconto oferecido sobre o preço do produto não é real); serviço indisponível; mudança de preço ao finalizar a compra; produto entregue diferente do pedido, incompleto ou danificado.

    O Procon-SP fará plantão de monitoramento e orientação entre as 18h de quinta (25) e as 22h de sexta-feira (26).

    De acordo com o Procon e o Reclame Aqui, é importante ter provas em caso de problemas durante as compras. Por exemplo, tirar fotos (ou fazer um ‘print’) da tela do computador com o nome da loja, a data e o horário.

    Isso serve como comprovação da irregularidade na hora da reclamação. Quem finalizou o pedido também deve guardar os comprovantes de pagamento e de compra concluída para se prevenir de possíveis falhas das empresas.

     

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