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    Frete aéreo registra alta de 20% no Brasil em 2022, aponta levantamento

    Dados obtidos pela CNN levam em conta os três principais terminais aeroportuários do Brasil

    Lucas Janoneda CNN no Rio de Janeiro

    Sinalizando uma recuperação econômica após a pandemia de Covid-19, o setor brasileiro de fretes aéreos registrou uma alta aproximada de 20% no volume de carregamentos importados nos primeiros quatro meses de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

    Os dados são exclusivos da CNN, obtidos com os três principais terminais aeroportuários do país – Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, e Guarulhos e Viracopos, em São Paulo.

    Entre janeiro e abril, o terminal de cargas do Galeão recebeu 9,7 mil toneladas de produtos importados. Trata-se de um crescimento de 23% em comparação com os mesmos meses de 2021, quando chegaram 7,8 mil toneladas.

    O valor dos carregamentos também subiu entre os períodos: de US$ 2,6 bilhões para US$ 3 bilhões – impactado pela valorização do dólar frente ao real. O resultado financeiro é 14% maior em comparação com o mesmo período de 2021.

    De acordo com os dados, as principais mercadorias que chegaram ao Galeão, nos primeiros quatro meses de 2022 foram da indústria do transporte aéreo, insumos químicos, produtos farmacêuticos, equipamentos médicos e petróleo e equipamentos destinado para a produção de combustíveis.

    Guarulhos também registrou um aumento no número de importações de cargas nos primeiros meses de 2022, segundo dados adiantados para a CNN.

    O principal terminal do país recebeu quase 52 mil toneladas de produtos entre janeiro e abril, contra 48 mil toneladas do mesmo período ano passado.

    O volume de fretes em Guarulhos já supera os patamares pré-pandêmicos. Em 2019, por exemplo, foi registrada a chegada de 50 mil toneladas de produtos. Maquinário, produtos farmacêuticos e peças automotivas estão entre os produtos que mais chegaram no aeroporto.

    O Aeroporto Internacional de Viracopos, em São Paulo, também apresenta números melhores do que os registrados antes da pandemia de Covid-19.

    Entre os segmentos em destaque no ano estão os de tecnologia, farmacêutico, químico, metalmecânico, vestuário, calçados, frutas e autopeças.

    O volume de importação cresceu mais de 10% em 2022, frente ao ano anterior, em função da retomada econômica após a pandemia.

    E, se depender do governo federal, o número de importações vai aumentar ainda mais. Isso porque, na última semana, o Ministério da Economia reduziu a tarifa de importação de 11 produtos para tentar frear o aumento de preço desses itens e, consequentemente, aumentar o consumo no mercado interno.

    Entre os produtos que tiveram os tributos abatidos estão os vergalhões de aço, largamente utilizado na construção civil. O aço sulfúrico, primordial na indústria farmacêutica e na indústria química, também aparece na relação dos itens.

    “O fim da restrição contra Covid-19 e a retomada econômica acabam demandando mais os produtos que vem do exterior, fazendo com que esse setor registre um momento positivo. Vale destacar que os resultados seriam infinitamente melhores se tivéssemos uma inflação controlada e uma taxa de juros mais baixa. Esse cenário atual prejudica um pouco a evolução do mercado e, por fim, o consumo mais intenso por parte das pessoas”, ressalta o economista Fernando Zilber.

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