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    Focus: mercado vê inflação a 3,82% e Selic a 4% em 2021

    Os números são do Boletim Focus do Banco Central, que reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro

    Anna Russi, da CNN Brasil, em Brasília

    A projeção dos analistas do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, que mede a inflação oficial do país, saltou para 3,82%, ante 3,62% e 3,50% há uma semana e um mês, respectivamente. Essa é a sétima alta consecutiva na estimativa do índice.  

    Os números são do Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (22). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. 

    A expectativa está acima do centro da meta de 3,75% para este ano. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o IPCA pode ficar entre 2,25% e 5,25%. Para perseguir a meta, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano. 

    O mercado também elevou a projeção para a Selic ao fim de 2021. Os economistas esperam que a taxa básica de juros encerre 2021 a 4% ao ano. Há um mês, a previsão estava em 3,5%. A alta na projeção vem após o presidente do BC comentar que o Comitê de Política Monetária (Copom) discute elevar os juros básicos a partir de março.

    Desempenho econômico

    Já a previsão do mercado para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) este ano recuou de pela terceira semana consecutiva. A estimativa  é que a atividade econômica avance 3,29%, ante 3,49% esperado há um mês.  

    Se confirmada a alta prevista para o PIB de 2021, a economia brasileira vai recuperar parte da queda que deve registrar em 2020. As projeções para o ano passado variam, em geral, entre tombos de 4% e 5%. O resultado oficial será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de março. 

    A recessão de 2020 foi puxada pelos impactos econômicos da pandemia de Covid-19 e pelas medidas de isolamento social. Assim, a alta do PIB este ano também está condicionada à melhora no cenário da crise sanitária.

    Nos três anos imediatamente anteriores à 2020, a atividade econômica brasileira registrou crescimento fraco, dentro do patamar de 1%.

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