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    Focus: mercado reduz previsão de alta do PIB e vê inflação a 4,81%

    Essa foi a décima segunda semana consecutiva de alta na previsão para o IPCA, que há um mês estava em 3,87%

    Anna Russi, da CNN Brasil, em Brasília

    O mercado financeiro elevou, mais uma vez, as projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2021, que mede a inflação oficial do país. A estimativa subiu para 4,81%, ante 4,71%. Essa foi a décima segunda semana consecutiva de alta na previsão para o índice, que há um mês estava em 3,87%.   

    Os números são do Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (29). O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. 

     

    A expectativa está cada vez mais próxima do limite superior da meta inflacionária. Na semana passada, o BC divulgou documento no qual calcula 41% de chance de a inflação furar o teto da meta em 2021.

    O centro da meta este ano é de 3,75%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o IPCA deve ficar entre o piso de 2,25% e o teto de 5,25%. 

    Para perseguir a meta, o BC eleva ou reduz a taxa básica de juros, a Selic. Com o aumento das projeções para a inflação, o BC elevou a taxa para 2,75% ao ano na última reunião. Até então, a Selic se encontrava na mínima histórica, a 2% ao ano.

    Com a alta mais forte do que o esperado pelo mercado, os economistas já esperam que a taxa alcance os 5% ao ano até o fim de 2021. Há um mês a previsão era de 4% ao ano. 

    PIB deve crescer 3,18%

    Os economistas também continuaram com o leve recuo na previsão para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Enquanto na semana passada o crescimento esperado era de 3,22%, a expectativa desta semana passou para 3,18%. Há um mês, era esperada alta de 3,29%.

    Mesmo com a redução, se confirmada a alta prevista para o PIB de 2021, a economia brasileira pode recuperar parte da queda de 4,1% registrada na atividade em 2020. A recessão do ano passado foi puxada pelos impactos econômicos da pandemia de Covid-19 e das medidas de isolamento social. Assim, a alta do PIB deste ano também está condicionada à melhora no cenário da crise sanitária e ao avanço da vacinação.

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