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    FMI pede à China que amplie vacinação da Covid-19 e recupere setor imobiliário

    Objetivo é reduzir riscos de uma desaceleração econômica global e dos preços altos de energia

    Por David Lawder, da Reuters

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu à China nesta quarta-feira (23) que aumente as taxas de vacinação contra a Covid-19 e ajude de forma mais robusta o seu problemático setor imobiliário para restaurar a confiança e reduzir os riscos de uma desaceleração econômica global e dos preços altos de energia.

    Em comunicado após encontros virtuais para sua revisão anual das políticas econômicas da China, o FMI disse que mantém as previsões de crescimento do PIB divulgadas em outubro.

    O fundo prevê um crescimento de 3,2% em 2022 e 4,4% em 2023, assumindo suspensão gradual da estratégia rigorosa de Covid-zero no país no segundo semestre do próximo ano.

    “Embora a estratégia de Covid-zero tenha se tornado mais ágil ao longo do tempo, a combinação de variantes mais contagiosas da Covid-19 e lacunas persistentes na vacinação levou à necessidade de lockdowns mais frequentes, pesando no consumo e no investimento privado, inclusive na habitação”, disse o primeira vice-diretora-gerente do FMI, Gita Gopinath, em comunicado.

    “No futuro, uma nova calibragem da estratégia de Covid-19 deve ser bem preparada e incluir o aumento do ritmo das vacinações e sua manutenção em um nível alto para garantir que a proteção seja preservada”, acrescentou Gopinath.

    Os comentários vêm no momento em que as autoridades chinesas estão lidando com um aumento nos casos de Covid-19 que aprofundou a preocupação com a economia e diminuiu as expectativas de uma reabertura rápida.

    O FMI disse que os riscos econômicos para a são negativos, devido à desaceleração global, preços de energia mais altos e condições financeiras globais mais apertadas.

    O FMI recomendou que a política fiscal da China seja neutra em 2023 após forte apoio neste ano, mas deve proteger a recuperação e facilitar o reequilíbrio em direção a mais consumo doméstico.

    O órgão disse que a política monetária chinesa deve permanecer acomodatícia e se basear em medidas relacionadas à taxa de juros.

    O fundo também aplaudiu as recentes iniciativas de suporte para o setor imobiliário da China, incluindo um programa de empréstimos para ajudar a concluir moradias inacabadas e permitir tolerância em empréstimos imobiliários problemáticos.

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