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    Fitch eleva de “BB-” para “BB” classificação de risco do Brasil, com perspectiva estável

    Novo rating reflete desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado; país foi rebaixado em 2018 com a crise das contas públicas

    Da CNN* , São Paulo

    A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou de “BB-” para “BB” a nota de crédito do Brasil, com perspectiva em estável.

    De acordo com o comunicado da Fitch, a atualização da classificação de risco do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado “em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”.

    A nota do Brasil foi rebaixada pela agência de risco em 2018 em meio à crise das contas publicas e pela demora da aprovação da reforma da Previdência na ocasião.

    Apesar da melhora, a nova nota do País ainda indica um “grau especulativo”, o que significa que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

    O comunicado da Fitch afirma também que, embora as tensões políticas desde o rebaixamento de 2018 ainda persistam, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais.

    A agência afirma, ainda, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defende um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores. Mas, mesmo assim, espera-se que “o pragmatismo e contrapesos institucionais evitem desvios radicais de políticas macro ou micro, enquanto o governo também está buscando iniciativas para apoiar o setor privado”.

    A agência explica também, em seu comunicado, que a nova nota para o risco do Brasil é sustentada pela grande e diversificada economia do país, que tem alta renda per capita e mercado doméstico forte, além de um grande colchão de liquidez que sustenta a flexibilidade do financiamento soberano, com uma alta parcela da dívida em moeda local, o que dissolve riscos e exposições a variações cambiais.

    “Os ratings também são sustentados pela capacidade de absorção de choques, sustentada por uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas e uma posição soberana líquida de credores externos”. Já as limitações para a nota, de acordo com a agência, são a alta dívida do governo, a rigidez fiscal, o fraco potencial de crescimento econômico e pontuações de governança relativamente baixas.

    Por outro lado, são pontos de atenção para o Brasil, segundo a Fitch, o alto endividamento público, rigidez fiscal e frágil potencial de crescimento econômico.

    *Publicado por Dimalice Nunes

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