Filas para receber auxílio emergencial são exceção, diz presidente da Caixa
Em coletiva virtual, Guimarães diz que pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 será realizado de forma mais eficiente do que as primeiras
O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, afirmou que as filas nas agências da Caixa para o saque do auxílio emergencial foram resolvidas e agora são uma exceção. Nas últimas semanas, houve aglomeração nas portas de várias agências do banco pelo país, com pessoas inclusive dormindo do lado de fora das agências.
“Certamente pode haver alguma agência que tem um maior volume de pessoas, mas é exceção não é a regra. Aquelas imagens de filas foram ou eliminadas ou fortemente reduzidas”, afirmou o executivo, em coletiva virtual.
Segundo Guimarães, o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 será realizado de forma mais eficiente do que as primeiras. “O segundo lote de pagamento será feito de uma maneira muito mais eficiente porque já temos a base das pessoas que receberão.”
Nos últimos dias o banco tem realizado uma série de medidas, como reforço no número de funcionários para atendimento nas agências e parceria com mais de 500 prefeituras, com o objetivo de reduzir as filas de pessoas que buscam o saque do benefício.
Guimarães explicou que como uma parte relevante desses brasileiros ainda não possuíam base de dados no sistema bancário, a CEF ia repassando o recurso conforme a conclusão da análise dos dados de cada pessoa. Tal processo, segundo ele, tumultuou e atrasou a primeira fase de pagamento do auxílio.
Ele adiantou que o pagamento da próxima parcela, ainda sem cronograma definido, deverá ser feito com datas mais espaçadas. “Na segunda parcela, poderemos pagar de maneira diferente. Estamos discutindo com o Ministério da Cidadania, mas será uma maneira onde já temos a base de dados. A grande maioria das pessoas já terá essa organização com datas espaçadas: não faremos a forma de pagar janeiro e fevereiro em um dia março e abril em outro”, esclareceu.
Na avaliação dele, o esquema de pagar todos os brasileiros nascidos em um determinado mês em um único dia foi um dos fatores que complicou a primeira fase. “Pagar 20 milhões de pessoas que tenham um conhecimento muito baixo da questão de tecnologia gerou uma demanda muito grande”, comentou.
Em relação aos 12 milhões de cadastros que tiveram os dados inconclusivos, o presidente do banco afirmou que assim que a segunda análise dos dados for concluída pelo Dataprev e repassada à CEF, os recursos serão pagos em até dois dias úteis.A CEF ressalta que não há necessidade de nenhum brasileiro madrugar nas filas, umas vez que todas as pessoas que chegarem às agências entre 8h e 14h, serão atendidas.
*Com informações do Estadão Conteúdo