Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    FGV prevê alta de 1,3% na inflação em setembro, maior índice dos últimos 27 anos

    Indicador é influenciado pela crise hídrica e alta do dólar

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    Uma projeção feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a pedido da CNN, nesta quinta-feira (7), mostra que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – deve ter uma alta de 1,3% em setembro, quando comparado com o mês anterior. Caso a expectativa se concretize, será o maior valor para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,6%.

    O indicador oficial será divulgado, nesta sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante uma coletiva de imprensa.

    A FGV acredita que o acumulado da inflação, no ano de 2021, deve chegar a 7%, frente aos 5,6% do mês anterior. Em relação aos últimos 12 meses, a expectativa é de que o indicador acelere para 10,4% em setembro, em comparação aos 9,6% do mês anterior.

    A inflação em setembro é pressionada pelo preço da energia elétrica, dos combustíveis e de alguns alimentos, como açúcar, café, frango e carne. De acordo com o economista da FGV Ibre, André Braz, as colheitas foram prejudicadas pela falta de chuva no país em 2021. Além desse fator, o preço do dólar também vai contribuir para tornar setembro de 2021 um mês atípico.

    “A escassez hídrica encarece toda a cadeia e faz os preços aumentarem. A falta de chuva prejudica as hidrelétricas e faz com que a gente use mais termelétricas, usinas mais caras. E esse valor é repassado para o consumidor. O dólar e os altos valores do petróleo estão relacionados também com esse aumento na inflação, tudo está relacionado”, completou.

    Apesar dos altos índices em setembro, a expectativa da FGV é de que o indicador volte a patamares mais baixos a partir de outubro. Para o próximo mês, a inflação deve crescer 0,7%.

    Tópicos