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    FGV: IPCA-15 deve voltar a subir e chegar a 0,7% em junho

    Estimativa é que o grupo de saúde e cuidados pessoais tenha uma alta de 1,64%, sendo a segunda maior do IPCA-15 em junho

    Elis Barretoda CNN , no Rio de Janeiro

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que faz uma prévia da inflação do mês, deve voltar a crescer em junho. É o que prevê o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz.

    Segundo o economista, a taxa deve chegar a 0,72%. Em maio, a inflação ficou em 0,47%, chegando a 11,73% no acumulado dos últimos 12 meses.

    Para Braz, o reajuste nos planos de saúde irá puxar o indicador para cima. A estimativa é que o grupo de saúde e cuidados pessoais tenha uma alta de 1,64%, sendo a segunda maior do IPCA-15 em junho. Entretanto, o segmento tem um peso de 12,27% no índice, o que faz com que o aumento seja mais significativo.

    “Os usuários de planos de saúde vão pagar agora, depois do reajuste, um acréscimo de retroativos e isso faz com o que o valor desse serviço pese nessa divulgação”, explica.

    Outro item que deve ter alta é o grupo de vestuário, com um aumento de 1,91%. Para André Braz, o crescimento se dá por conta das trocas das coleções do setor de vestuário, que acontecem na virada das estações.

    Na análise do economista, a inflação deve desacelerar até o fim do ano. “Claro que há efeitos fora do radar, como o preço dos combustíveis, mas há espaço para desaceleração. A expectativa é que a inflação feche em torno de 8,5% e 9%.”

    Porém, Braz destaca o período de incerteza da economia mundial, principalmente por conta do conflito no Leste Europeu. “O cenário ainda é muito instável, porque envolve outros países. A desvalorização cambial, o risco de manobra fiscal nessa corrida eleitoral, algumas notícias podem ser mal digeridas pelo mercado. Gasto fiscal além da conta aumenta a incerteza e se reflete na economia”, completa o economista.

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