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    Fazenda revisa projeção do PIB para 2,5% e inflação para 3,7% em 2024

    Ministério aponta que preços de alimentos podem subir nos próximos dois meses devido à calamidade no RS

    Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília
    Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023REUTERS/Adriano Machado

    Cristiane Nobertoda CNN

    Brasília

    A Secretaria de Políticas Econômicas (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2,5% em 2024, segundo os dados do Boletim Macrofiscal divulgado pela pasta nesta quinta-feira (16).

    Os técnicos da pasta também projetam inflação mais alta, em 3,7% ao fim do ano.

    Segundo o documento, que é divulgado a cada dois meses, o crescimento em 2024 será motivado por maiores contribuições esperadas com o crescimento robusto das vendas no varejo e dos serviços prestados às famílias.

    O aumento de postos de trabalho e a expansão das concessões de crédito também devem impulsionar a economia este ano.

    Outro fator apontado pela SPE, é de que há “sinais” de recuperação do investimento devido a expansão de indicadores de atividade na construção civil e no crescimento das importações de bens de capitais, que também auxiliaram nesse sentido.

    Para o setor externo, a perspectiva de maior contribuição reflete a depreciação cambial recente.

    Quanto à inflação, os dados da secretaria apontam para um avanço de 3,5% para 3,7% em 2024 e de 3,1% para 3,2% em 2025.

    Segundo o texto, o aumento nas estimativas consideraram a depreciação cambial recente nos preços livres e os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul na oferta e nos preços de produtos in natura, arroz, carnes e aves.

    A SPE projeta ainda uma alta nos preços desses alimentos nos próximos dois meses, mas com tendência de queda nos meses seguintes, com a normalização da oferta.

    A SPE esclareceu, no entanto, que as estimativas para o PIB não consideram os impactos da calamidade no Rio Grande do Sul. Segundo o texto, o peso do PIB do estado, de aproximadamente 6,5% na economia do país, deverá registrar perdas principalmente no segundo trimestre, mas que devem ser parcialmente compensadas ao longo dos trimestres posteriores.

    “A magnitude do impacto depende da ocorrência de novos eventos climáticos, de transbordamentos desses impactos para estados próximos e do efeito de programas de auxílio fiscal e de crédito nas cidades atingidas pelas chuvas. […] Atividades ligadas à agropecuária e indústria de transformação deverão ser as mais afetadas a nível nacional, por serem mais representativas no PIB do estado que no PIB brasileiro”, apontaram os técnicos no documento.