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    Ex-ministros: Manifesto é estratégia para conter política ambiental de Bolsonaro

    Os economistas, entre outras medidas, elencam como prioridades alcançar uma economia de baixo carbono e zerar o desmatamento da Amazônia e do Cerrado

    Raquel Landimda CNN

    Nesta terça-feira (14), 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central dos mais diferentes governos se uniram ao coro dos investidores estrangeiros e de empresas brasileiras e multinacionais que pedem uma “retomada verde” da economia.

    No documento, organizado pelo Instituto Clima e Sociedade, os economistas elencam como prioridades alcançar uma economia de baixo carbono, zerar o desmatamento da Amazônia e do Cerrado, evitar os custos provocados por secas e enchentes, impulsionar pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias.

    Para o ex-presidente do BC, Gustavo Loyola, a pandemia vai obrigar o Estado a atuar mais na economia, portanto, é necessário utilizar esses recursos para uma “retomada verde”, que mude a posição do Brasil e o coloque como uma “potência ambiental”.

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     Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES, chegou a dar dois exemplos práticos de como isso poderia ser feito: parar de subsidiar combustíveis fosseis e orientar o banco estatal a priorizar financiamentos voltados para a economia sustentável.

    Um dos pais do Plano Real, o economista Persio Arida disse que a pandemia aumentou a consciência das pessoas para problemas globais e seus impactos. Tanto a crise do coronavírus, quanto o aquecimento do planeta, provocam perdas para a toda a humanidade e precisam de uma solução compartilhada entre os países.

    O tom de pessimismo ficou por conta da percepção dos ex-ministros sobre a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro. Questionado sobre se está ocorrendo uma mudança de postura da atual gestão com as promessas de redução de desmatamento, o ex-ministro Rubens Ricupero foi cético.

    “É preciso uma credulidade muito grande para acreditar que vão ocorrer mudanças concretas. Nada que foi desmontado nessa gestão está sendo remontado. Estamos numa política de contenção de danos. Se conseguirmos conter os erros do governo, já será um grande feito”, disse.

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