Bolsas dos EUA fecham em queda enquanto investidores aguardam decisão do Fed
Pesquisa da Reuters com economistas mostrou que o Fed aumentará as taxas de juros de quase zero para a faixa entre 0,25% e 0,50% no terceiro trimestre de 2022
As bolsas dos EUA fecharam em queda na primeira sessão desta semana, enquanto os investidores aguardam a decisão política monetária dos bancos centrais ao redor do mundo – inclusive dos Estados Unidos.
O Dow Jones caiu 0,89%, aos 35.651 pontos, o S&P recuou 0,91%, aos 4.669 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 1,39%, aos 15.413 pontos.
Nesta semana haverá a decisão do Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu e Banco do Japão, além do Federal Reserve. O Fed, por exemplo, deve acelerar o ritmo com que está reduzindo seu programa de recompra de títulos e sinalizar que deve aumentar a taxa de juros no próximo ano para interromper a escala da inflação.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos tornaram a subir em novembro, conforme o custo de bens e serviços aumentou amplamente em meio a restrições de oferta, levando ao maior ganho anual desde 1982, o que pode encorajar o banco central norte-americano a reduzir rapidamente suas compras de títulos.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,8% no mês passado, após alta de 0,9% em outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. Nos 12 meses até novembro, o índice aumentou 6,8%, maior avanço anual desde junho de 1982, após alta em outubro de 6,2%, na mesma base de comparação.
Economistas consultados pela Reuters previam acréscimo de 0,7% para o índice.
Uma segunda pesquisa da Reuters com economistas também mostrou que o banco central aumentará as taxas de juros de quase zero para a faixa entre 0,25% e 0,50% no terceiro trimestre do ano que vem, em movimento seguido por outra elevação no quarto trimestre.
Ao mesmo tempo, o mercado segue atento à qualquer nova informação sobre a Ômicron. Ao menos um paciente morreu no Reino Unido após contrair a variante do coronavírus, disse o primeiro-ministro Boris Johnson nesta segunda-feira.
“Então acho que a ideia de que esta é de alguma maneira uma versão mais branda do vírus é algo que precisamos deixar de lado, e simplesmente reconhecer o ritmo intenso com que ela se dissemina através da população”, afirmou.
*Com Reuters