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    Equipe econômica revisará projeção do PIB para 2020 em novembro, diz Waldery

    Segundo o secretário, alguns indicadores macroeconômicos já mostram a forte recuperação da atividade econômica em formato "V"

    Anna Russi, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que a equipe econômica vai revisar sua projeção oficial para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Atualmente, a previsão oficial do Ministério da Economia está em queda de 4,7%. 

    “Vamos revisar esse número, de 4,7%, no comecinho de novembro”, comentou durante participação de debate virtual promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quinta-feira (22). Segundo Rodrigues, alguns indicadores macroeconômicos já mostram a forte recuperação da atividade econômica em formato “V”. 

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    Atualmente, o valor é mais otimista do que do que as expectativas do mercado, que espera queda de 5,03%, bem como que as previsões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que a economia caia 5,4% e 5,8% respectivamente. Com a revisão no início de novembro, o número deve ficar ainda melhor já que o ministro da economia, Paulo Guedes, já falou, na última segunda-feira, que a contração da atividade econômica em 2020 deve ser de 4%. 

    “Acreditamos que será bem menor, achamos que vai cair 4%”, disse o ministro à investidores norte-americanos no início dessa semana. Mais pessimista, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) espera uma recessão de 6,5%. 

    De acordo com o secretário, já há um consenso entre os economistas de que, apesar de mais profunda, a crise econômica de 2020, causada pela pandemia de Covid-19, será mais curta que crises anteriores, como a de 2008. 

    Por outro lado, com o aumento de gastos públicos este ano, a equipe econômica já prevê que o endividamento público vai crescer significativamente em 2020, avançando até 2027 para, só então, retomar a trajetória de queda. Em sua apresentação, Waldery mostrou projeção de que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcance os 93,9% do PIB até o final de 2020. Se confirmado, isso representa um salto de 28,1 pontos percentuais em relação ao patamar de 75,8%, no qual encerrou em 2019. 

    Rombo fiscal de R$ 895,8 bi 

    A apresentação do secretário também trouxe uma atualização das estimativas para o rombo fiscal de 2020. A expectativa subiu de um déficit primário de R$ 891,1 bilhões, previsto em no início do mês, para um buraco de R$ 895,8 bilhões nas cotas do setor público consolidado. O valor equivale a 12,5% do PIB. 

    Desse total, R$ 614,2 bilhões são reflexos dos gastos com o combate à pandemia da Covid-19. O valor também subiu em relação aos R$ 607 bilhões, projetados no início do mês. 

    Para o governo central, que inclui apenas as contas do Tesouro Nacional, da Previdência Social e do Banco Central, a estimativa é de um déficit de R$ 871 bilhões, ou 12,1% do PIB. A projeção anterior era de R$ 866,4 bilhões.

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