Enquanto contas públicas estiverem fora do lugar, Brasil terá juro astronômico, diz Armínio Fraga
Na sequência, o ex-banqueiro central afirmou que é “muito difícil” Brasil se desenvolver plenamente com taxas de juros atuais
O ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, afirmou durante o evento Bloomberg New Economy at B20, nesta quarta-feira (23), que enquanto as finanças públicas do Brasil estiverem “fora do lugar” as taxas de juros no país estarão em patamares “astronômicos”.
“O fiscal é componente importante. Com frequência, quando se discute este assunto, se fala da relação com dívida e taxas de juros. Essa é uma relação correta”, disse a jornalistas.
“Neste ponto, o Brasil já deveria ter entendido que responsabilidade fiscal. Enquanto o Brasil tiver as finanças públicas fora do lugar, estaremos com taxas de juros astronômicas”.
Na sequência, o ex-banqueiro central afirmou que é “muito difícil” o Brasil se desenvolver plenamente com as taxas de juros atuais. A Selic real, aquela que desconta a inflação, ficou em 7,33% em setembro de 2024.
Na visão de Fraga, no entanto, a problemática não é somente a relação entre receitas e gastos, mas também a qualidade desta despesa. O economista questionou as prioridades do orçamento público e mencionou o tamanho dos gastos com previdência, folha de pagamentos e subsídios fiscais.
Antes, em painel no evento realizado em São Paulo, Armínio Fraga havia indicado que o Brasil vive há 43 anos com crescimento aquém de seu potencial e pediu que o país “aprenda com seus erros”.
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