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    Enel diz que enterra fios em “casos específicos” e quando não afeta conta de luz

    Maior parte dos apagões por ventania e chuva resulta da interferência de pedaços de árvores e galhos que atingem a fiação; enterrar os cabos poderia evitar danos

    Da CNN

    Após o apagão em São Paulo reacender debates sobre o enterramento de fios, a distribuidora de energia Enel indicou que esta medida só é indicada em “casos específicos”, levando em consideração que o investimento a ser realizado não impacte a conta de luz da população.

    “Cabe esclarecer que o padrão de rede elétrica no Brasil é de redes aéreas. O enterramento de cabos ocorre em casos específicos, seguindo critérios técnicos e econômicos, quando o investimento é considerado prudente para não impactar a tarifa de energia dos consumidores’, disse em nota a empresa.

    Acontece que a maior parte das falhas na distribuição de energia em episódios de ventania e chuvas — como o da noite da última sexta-feira (11) — é resultado da interferência de árvores e galhos que atingem a fiação. Enterrar os cabos, portanto, evitaria danos.

    A responsabilidade por este investimentos em tese seria a concessionária de distribuição (a Enel, no caso de São Paulo), que tem PPP com o governo federal. Como explica o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Edvaldo Santana, o problema é que estes custos acabariam repassados à conta de luz.

    Seriam necessários cerca de R$ 20 bilhões somente para enterrar a fiação elétrica na região central de São Paulo.

    “Todos esses custos são repassados para a tarifa de energia, o que a encarece a conta de luz. Se for necessário investir R$ 20 bilhões, o governo não quer que isso seja integralmente repassado para os consumidores. O problema é tarifário, e há incertezas sobre como resolver isso”, explica.

    Recentemente o governo publicou um decreto que estabelece diretrizes para renovação de concessões de distribuição entre 2025 e 2031 — o que englobaria a PPP da Enel, que se encerra em 2028. Não há iniciativas para o enterramento de fiações nos novos contratos a serem firmados.

    De acordo com uma projeção da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecom Competitivas (TelComp), São Paulo conta com cerca de 20 mil km de fios aéreos, e somente 0,3% da rede da capital é totalmente subterrânea.

    Atualmente, a Enel São Paulo possui 43 mil km de rede de distribuição em toda a área de concessão, sendo 40 mil km aérea e 3 mil km de rede subterrânea.

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    Publicado por Danilo Moliterno.

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