Empresas oferecem ‘assinatura’ de Samsung Galaxy ou iPhone; saiba como funciona
O consumidor pode ter o smartphone em mãos pagando um pouco por mês
Com smartphones cada vez mais caros, era de se esperar que algumas empresas passassem a oferecer uma espécie “assinatura” de celular. É exatamente isso que temos visto com a chegada das linhas iPhone 12, da Apple, e Galaxy S21, da Samsung. O consumidor pode ter o smartphone em mãos pagando um pouco por mês durante um prazo predeterminado.
De olho nesse novo nicho, Samsung e Apple fizeram parceria com Porto Seguro e Itaú, respectivamente. Entenda a seguir como funciona cada programa.
Samsung e Porto Seguro
Em parceria com a Samsung, a seguradora Porto Seguro criou o “Tech Fácil”, que permite ao cliente pagar uma assinatura mensal por um aparelho da marca sul-coreana. O plano tem um ano de duração. A contratação é feita pelo site da Porto Seguro, e o pagamento das parcelas pode ser feito usando qualquer cartão de crédito. A entrega do aparelho acontece em até 72 horas.
Os preços variam de acordo com o smartphone selecionado. O Galaxy S20 Plus, por exemplo, tem uma mensalidade de R$ 229,90. O S21 Ultra, que é o carro-chefe da Samsung para 2021, sai por 12 parcelas de R$ 369. O modelo mais em conta no momento é o Galaxy S21, que custa R$ 209 mensais.
Durante esses 12 meses, o usuário não se torna dono do smartphone, o que significa que o plano funciona mais como um aluguel de celular do que uma compra propriamente dita. Ao final desse um ano, o consumidor tem três opções:
- devolver o telefone;
- comprar o telefone, pagando cerca de 40% do valor total do dispositivo –essa quantia precisa ser paga em uma única parcela, sem poder dividir o valor restante;
- renovar a assinatura e trocar o aparelho por um smartphone mais novo.
Quem optar por encerrar o contrato antes do período de um ano terá de pagar uma multa de 30% sobre o valor das parcelas restantes.
Ao final de 12 meses, se o usuário não manifestar interesse em adquirir o produto ou renovar sua assinatura, terá de devolver o dispositivo sem danos que comprometam a aparência e o funcionamento. Se o produto não estiver em boas condições, a Porto Seguro cobrará o preço total do celular “alugado”, que terá o valor cobrado em parcela única.
Durante todo o período de contratação, o assinante conta com atendimento em assistências técnicas e recebe um seguro contra roubo e danos físicos, elétricos ou líquidos. A única exceção é em situação de perda ou furto. Se o usuário precisar de um novo dispositivo, a seguradora pode cobrar uma franquia entre 15% e 30% do valor cheio do produto, dependendo da avaria.
Apple e Itaú
Desde agosto, o banco Itaú Unibanco tem um programa de parceria com a Apple chamado “iPhone pra Sempre”. O objetivo é exatamente o mesmo da iniciativa da Porto Seguro com a Samsung: permitir que o usuário adquira um iPhone por meio de um modelo de assinatura. A contratação é feita totalmente online por meio da seção “Serviços” nos aplicativos do Itaú, Itaú Personalité e Itaucard.
Mas há algumas diferenças em relação ao programa da Samsung. Primeiro, o iPhone pra Sempre tem duração de 21 meses, e não de um ano. Além disso, o programa é exclusivo para clientes do banco Itaú.
O consumidor pode escolher entre modelos mais recentes de iPhone, como toda a linha 12 e 12 Pro, ou dispositivos um pouco mais antigos, como o iPhone SE (2020). O valor que entra no financiamento corresponde a 70% do preço oficial do aparelho selecionado, que é dividido em 21 parcelas.
Ao final desse período, o cliente tem a opção de devolver o smartphone e não pagar nada a mais por isso, ou ficar com o celular e completar o pagamento com os 30% restantes do valor total do produto. O usuário ainda tem como alternativa trocar o iPhone do início do programa por um novo e, com isso, repetir os 21 meses em um novo ciclo.
Mais um detalhe importante: para finalizar a compra, o usuário precisa ter 100% do valor do iPhone liberado no limite do cartão de crédito. A quantia debitada é reestabelecida progressivamente conforme as parcelas forem sendo pagas.
No momento, só é permitido adquirir um iPhone por CPF, e não é possível antecipar o pagamento de outras parcelas do financiamento, nem trocar ou devolver o aparelho. Portanto, é necessário seguir à risca os 21 meses do contrato. Caso o consumidor opte pela troca do telefone por um novo modelo, será feita uma avaliação para verificar as condições do aparelho, que precisa estar em perfeito estado.
Atualmente, os seguintes iPhones fazem parte do programa: iPhone XR, iPhone 11, iPhone 11 Pro, iPhone 11 Pro Max, iPhone SE (2020), iPhone 12 mini, iPhone 12, iPhone 12 Pro e iPhone 12 Pro Max.
Vale a pena?
Tanto o Tech Fácil quanto o iPhone pra Sempre têm propostas similares. Para quem deseja pagar em mais parcelas, o programa do Itaú vale mais a pena. Porém, existe a limitação de que é necessário ter um cartão de crédito do banco e que ele tenha limite suficiente para abater o valor integral do dispositivo.
No final das contas, talvez o mais vantajoso das duas iniciativas seja adquirir um dos planos, permanecer com ele até o final e fazer a renovação ao término do programa, já que cancelar, devolver ou pagar a diferença de um dispositivo acaba saindo mais caro do que comprar o produto por fora. Sim, ainda são smartphones caros, mas, para aqueles que estão dispostos a tirar o escorpião do bolso, vale mais a pena efetuar a compra fora dessas modalidades.