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    Emprego melhorou em ritmo modesto a moderado, com demanda forte, diz Livro Bege do Fed

    De acordo com relatório do banco central dos EUA, desafio foi "exacerbado" pelos problemas causados pela Covid-19 em janeiro, em meio à onda de casos da Ômicron no país

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    O emprego nos Estados Unidos avançou de ritmo “modesto a moderado”, com demanda forte disseminada por trabalhadores e relatos de dificuldades de achar pessoal, afirma o Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), publicado nesta quarta-feira (2). Em alguns distritos, há relatos de sinais de melhora na oferta de trabalhadores, segundo o documento.

    “Muitas empresas tiveram dificuldade de manter seus níveis de pessoal devido à alta rotatividade”, diz o Livro Bege. O desafio foi “exacerbado” pelos problemas causados pela Covid-19 em janeiro, em meio à onda de casos da Ômicron no país, “embora trabalhadores e empresas tenham se recuperado mais rápido que em ondas anteriores”.

    As empresas continuaram a aumentar os pagamentos ao pessoal e a introduzir flexibilidade para os funcionários, a fim de atrair trabalhadores, especialmente em posições com salários mais baixos, reporta o Livro Bege, “com sucesso misto” na empreitada.

    Houve ainda relatos entre os contatos de que há expectativa de que o mercado de trabalho siga “apertado”, com consequente “crescimento forte nos salários continuando”. Alguns distritos, porém, reportam sinais de que o crescimento dos salários da sinais de moderação, segundo o documento.

    A perspectiva econômica nos Estados Unidos para os próximos seis meses segue otimista, de forma geral, mas lideranças nos 12 distritos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) destacaram alto grau de incerteza, segundo mostra o Livro Bege.

    Gargalos, demanda e condições financeiras

    Os gargalos enfrentados pela cadeia de suprimentos continuam restringindo a atividade, segundo notaram todos os 12 distritos do Fed, e a atividade manufatureira segue em expansão apenas “modesta”, bem como no setor de energia.

    Já a demanda por residências continuou forte nos EUA, embora as vendas de casas não tenham subido consideravelmente, devido a fatores sazonais e baixos estoques.

    Por fim, contatos no setor bancário relataram ao Fed certo “enfraquecimento das condições financeiras”, mas a demanda por empréstimos ficou estável.

    Inflação

    Os preços cobrados dos clientes “aumentaram em ritmo robusto pelo país”, afirma o Livro Bege. Segundo o documento, alguns distritos chegaram a reportar aceleração nos preços.

    Os custos em alta das empresas foram citados como fator primordial para sustentar as elevações dos preços em vários setores, “com os custos elevados de transportes particularmente significativos”. Os custos com pessoal também avançam e, somado à falta de alguns insumos, contribuíram para os preços mais elevados para as empresas.

    “As companhias reportaram uma capacidade maior de repassar preços aos clientes”, diz o Livro Bege. “Na maioria dos casos, a demanda tem seguido forte apesar das altas nos preços”, afirma. As empresas ainda afirmaram que esperam altas adicionais nos preços “ao longo dos próximos vários meses, conforme elas continuam a repassar as altas nos custos”, aponta o relatório.

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