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    Emergência zoossanitária: associação diz atuar para que gripe aviária não chegue às granjas

    Levantamento feito pela Associação Brasileira de Proteína Animal à CNN aponta que o Brasil é o único grande produtor a nunca registrar influenza aviária na produção comercial

    Felipe Pereiracolaboração para a CNN , em São Paulo

    A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) considera que a decisão do governo federal em declarar estado de emergência zoossanitária pela gripe aviária não deve trazer prejuízos à exportação.

    A entidade, que representa produtores que movimentaram mais de 14 toneladas de carne de frango e 52 bilhões de ovos em 2022, diz que atua junto aos parceiros para evitar que a gripe aviária chegue às granjas.

    O estado de emergência zoossanitária foi decretado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) após o registro de oito casos da gripe em aves silvestres no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.

    A medida não significa que o país vive um surto. É uma forma de alerta, permitindo que algumas barreiras burocráticas possam ser transpostas, como a compra de insumos ou qualquer instrumento que auxilie no monitoramento dos casos, e até na contratação temporária de pessoal.

    “Ainda que não existam focos de influenza aviária nos plantéis comerciais, é preciso que os agentes do Ministério da Agricultura estejam totalmente preparados para uma eventual situação de emergência. Esperamos que ela não seja utilizada. Porém, é fundamental estar preparado para o caso de ocorrer um eventual foco”, explica Sula Alves, diretor-técnica da ABPA.

    Também como uma forma de evitar que a gripe atinja as granjas, o setor intensificou os cuidados de biosseguridade em toda a cadeia produtiva.

    “Visitas de pessoas estranhas à cadeia produtiva foram suspensas, e uma série de medidas já anteriormente adotadas foram reforçadas para proteger a produção. Em diversos Estados houve o ‘recolhimento’ das aves em criação extensiva, para não permitir contato com animais silvestres”, exemplifica a diretora técnica da associação.

    Um levantamento feito pela associação à CNN aponta que o Brasil é o único grande produtor a nunca registrar influenza aviária na produção comercial. Ou seja, nunca houve detecção da doença em qualquer granja no país, e sequer há registros de Influenza Aviária no país, sendo que esta é a primeira vez que isso acontece.

    “Mas é importante ressaltar que essa não é a primeira situação sanitária enfrentada pelo setor. Só que as enfermidades registradas até aqui eram de menor risco, o que justifica a decisão do Ministério da Agricultura pelo início do estado de emergência zoossanitária, e que, ao nosso ver, foi muito acertada”, acrescenta Sula.

    Até pelo fato do país não ter casos registrados em aves comerciais, e a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) manter o Brasil como ‘livre da enfermidade’, a entidade não prevê redução nas exportações nacionais. Em abril, segundo a ABPA, foram exportadas 435 toneladas de frango e 1,6 tonelada de ovos.

    Para o total deste ano, após uma ação em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), durante a SIAL China, que aconteceu há duas semanas em Xangai, o valor deve ter um acréscimo de US$ 48,4 milhões, que foi a quantidade de negócios fechados durante a feira — e o Brasil já tinha a notificação de ao menos dois casos da gripe aviária no Espírito Santo.

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